<p>Uma onda de vandalismo juvenil está a aterrorizar a população de uma freguesia urbana das Caldas da Rainha. A Junta de Santo Onofre está atenta ao fenómeno e já anunciou que vai solicitar à PSP o reforço da vigilância nos bairros mais visados.</p>
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"Diariamente recebemos mais do que uma queixa, sobretudo de idosos, que têm medo de ir à polícia porque são ameaçados com represálias" revelou à Lusa Abílio Camacho, presidente da Junta de Freguesia de Santo Onofre.
Os actos de vandalismo naquela que é uma das freguesias urbanas da cidade, atingiram, segundo o autarca, "proporções preocupantes" no último fim-de-semana. Além de um assalto violento a uma colectividade, dois a residências e o furto de viaturas, "foram incendiados dois carros, vários contentores do lixo e destruídas todas as papeleiras" concretiza.
O presidente da Junta atribui a autoria dos assaltos a "três gangues que passam as noites a destruir tudo o que é possível" nos bairros da Ponte e dos Arneiros onde "nem pequenos monumentos (como um chafariz completamente destruído) nem um parque infantil" escaparam.
Depois de três remodelações no parque infantil o autarca considera não haver condições para manter aquele espaço que equaciona "empedrar e criar um parque de estacionamento".
O roubo dos carros incide sobretudo em modelos anteriores a 2003 "e aparecem depois, abandonados sem gasolina noutros pontos da cidade".
O aumento do número de assaltos com arma branca e o registo de desacatos e agressões em bases da freguesia são outros dos factores a justificarem o pedido de "reforço do patrulhamento" que Abílio Camacho irá transmitir ao responsável pela PSP.
Cardoso Silva, comandante da Divisão das Caldas da Rainha disse à Lusa que a PSP "tem conhecimento da maioria destas situações" e que "alguns destes menores estão já identificados e alguns foram já mesmo apanhados em flagrante delito".
Mas a acção da PSP "acaba por ser limitada devido à sua menor idade", acrescenta.
Os jovens, alegadamente "de famílias desestruturadas, com dificuldades e que abandonaram os estudos" dedicam-se a estes actos, segundo o comissário, "não só pelo valor dos furtos, mas em muitos casos por divertimento".
Cardoso Silva admite "alguma escassez de policiamento devido à falta de meios humanos" mas assegura que a PSP vai "tentar reforçar o patrulhamento e tentar criar uma estratégia para inverter esta tendência", remata.