A freguesia de Garfe, no concelho da Póvoa de Lanhoso, volta a transformar-se numa aldeia dos presépios, com 19 manifestações artísticas natalícias alusivas à história da região e da vida campestre, até ao dia 10 de janeiro.
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Este ano, por causa da pandemia, está cancelado o programa cultural que habitualmente contava com animação, missas nos presépios e concertos. Em vez disso, a organização pede aos visitantes que vejam os presépios "sem sair do automóvel" uma vez que "quase todos o permitem". A aldeia dos presépios de Garfe vai na 19.ª edição e é dinamizada pelo padre Luís Peixoto Fernandes, com apoio da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia.
O mesmo pároco vai abrir o Museu do Presépio que conta já com 2900 representações da sua coleção pessoal. No entanto as visitas são feitas por marcação. O espaço museológico, com várias salas, conta com representações do nascimento de Jesus em Belém de vários tamanhos e feitios, muitos deles feitos por moradores da freguesia. O espólio exibe ainda uma coleção oferecida por Manuel Baptista, ex-presidente da Câmara Municipal de Póvoa de Lanhoso, já falecido.
Priscos sem presépio vivo
O presépio ao Vivo de Priscos, em Braga, não se vai realizar, este ano, por ser "impossível garantir o cumprimento das medidas preventivas", desde a entrada ao distanciamento social entre cenários, anunciou o mentor da iniciativa, padre João Torres.
Ao todo, o presépio conhecido pela inclusão de reclusos, costuma envolver cerca de 600 figurantes e atrai mais de 100 mil visitantes, de vários pontos do país e da vizinha Espanha.
"Em consulta com os nossos figurantes, exploramos todas as opções para a realização do presépio ao vivo de Priscos em segurança, mas acabámos por descobrir que o melhor caminho a seguir é o de adiar para 2021", declarou, num comunicado, sublinhando que "todas as sessões previstas" ficam sem efeito.
"Não queremos que a nossa mensagem de vida, esperança, salvação e amor se transforme em dor, lágrimas e cinzas. E é precisamente por este espírito, pela vontade de celebrar a vida e pela alegria de estarmos juntos que queremos proteger a saúde de todos, adiando o nosso encontro", reforçou o pároco.
João Torres ressalvou, ao JN, que o cancelamento não significou o fim da presença dos reclusos no presépio. Ao longo do ano, manteve uma equipa a trabalhar na melhoria dos cenários, que se espalham por uma área aproximada de de 35 mil metros quadrados.