Sinais da albufeira que alarmaram Fafe provêm da decomposição de vegetação acumulada
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Mergulhadores da GNR estiveram na última semana, em Fafe, para tentar descobrir um foco de poluição que pudesse estar submerso nas águas da Albufeira de Queimadela. A operação surgiu na sequência de uma queixa que o Município fez ao Ministério Público depois de terem circulado imagens nas redes sociais, em dezembro do ano passado, que davam toda a ideia de haver algo de estranho nas águas.
Apesar de estar ainda à espera do relatório final, Márcia Barros, vereadora com o pelouro do ambiente, garantiu que "não foi visualizado qualquer foco de poluição, foi sim percebido que temos uma acumulação de vegetação, matéria orgânica, que se foi acumulando ao longo destes 30 anos em que existe a barragem, que está em decomposição, e de quando em vez, liberta uns gases que provocam aquele fenómeno que visualizamos no vídeo", disse ao JN.
Esta foi a forma que a autarquia encontrou para terminar com as dúvidas de que a água da albufeira estava a ser alvo de focos poluidores. Em 2009, foi detetada salmonela, o que levou à interdição daquela zona balnear durante algumas semanas e, por consequência, a perda de designação de "Qualidade Ouro" em 2020. "Dá-nos a certeza que a água da Albufeira de Queimadela continua com bons índices de qualidade, continua a ser um atrativo para a época balnear e tão procurada pelos turistas e devemos todos ficar satisfeitos com estas conclusões", referiu.
Esta acumulação de vegetação no fundo da albufeira vai levar a que, talvez ainda este ano, seja esvaziada para limpeza, algo que nunca aconteceu desde que foi construída em 1993.