Gaspar Martins é um dos dois dissidentes do CDS-PP que disputam a Câmara com o candidato do seu antigo partido. Concorre pelo VIRAMILHO.
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Gaspar Martins, 68 anos, foi vereador do CDS-PP durante 12 anos com o autarca Daniel Campelo e oito vice-presidente com o sucessor deste, Vítor Mendes. Desvinculou-se do partido, após ter apoiado Rui Rio (PSD) em eleições legislativas. Candidata-se agora como independente. Considera que o atual Executivo não trabalha e vive da imagem. O emprego qualificado, o apoio aos idosos e uma nova ponte na zona urbana de Ponte de Lima são as suas principais bandeiras.
O que o motiva a candidatar-se a presidente da Câmara de Ponte de Lima?
O objetivo é repor, de certa maneira, a tranquilidade a que Ponte de Lima sempre habituou os seus munícipes. Tal como diz o meu movimento, o VIRAMILHO. VIRA significa Valorizar a Idoneidade, o Respeito e a Autoridade. O MILHO tem a ver com o Movimento Independente de Limianos Historicamente Ousados. E a nossa candidatura assenta essencialmente nos primeiros pilares: valorizar a idoneidade, o respeito e a autoridade, uma coisa que se nota que está a começar a ficar muito arredada deste Executivo e há muita gente que não se sente confortável com esta situação. Como cidadão tinha a obrigação de gerar uma alternativa e estou aqui, calma e serenamente, para criar mais uma possibilidade para os eleitores que não estão satisfeitos com aquilo que têm.
Quais são as prioridades do seu programa eleitoral?
As prioridades passam por criar mais oportunidades de emprego, nomeadamente o qualificado, que é o que as pessoas não têm e se queixam. Gasta-se muito tempo com imagens fotográficas e fazem-se muitos verdes de honra. É tudo para o flash. Está uma comédia montada. E desperdiça-se o essencial a favor do acessório, daquilo que não presta para nada, que é a imagem pública, e não se tem conseguido, de facto, atingir os objetivos de atrair empresas e empresários, e quadros qualificados. Essa é uma das nossas metas. Outra é ter um olhar especial para com os nosso idosos. Hoje os lares são para os que têm uma boa reforma. Os que têm a reforma mínima vão ficando para trás. Queremos encontrar soluções para sensibilizar o Governo, para que o dinheiro possa ser gasto no apoio ao domicílio e na ida para o lar, quando for preciso. A mobilidade também começa a ser um problema. Ponte de Lima tem uma ponte a atravessar o rio, a da Senhora da Guia, e há muito que se sente a necessidade de construção de uma nova travessia na zona urbana. Já temos esboço do projeto e vamos distribuí-lo massivamente.
Como avalia o desempenho de quem está no poder na Câmara atualmente?
É insuficiente. Podiam fazer muito mais se se dedicassem ao trabalho. O problema é que não são pessoas de trabalho. Nunca foram e nunca vão ser.
Qual é a sua expectativa em termos de resultados eleitorais?
O VIRAMILHO espera ganhar as eleições. Vamos arregaçar as mangas e trabalhar.
Melhor
Melhor
Uma gente muito saudável, alegre, disponível e que sabe receber.
A nossa gastronomia é um dos pontos altos de Ponte de Lima.
Pior
Falta de emprego para gente qualificada. Os jovens que se licenciam e depois têm de procurar trabalho fora.
Perda demográfica.