Vão ajudar projeto que apoia 120 crianças, prestando apoio na higiene, alimentação e estudos.
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Durante seis meses, duas irmãs gémeas de Lousada vão trocar a família e os amigos por uma missão solidária além-fronteiras destinada a apoiar crianças e jovens. Rita e Sofia Correia partiram, este domingo, para Moçambique e, na bagagem, não levam expectativas, apenas amor para dar e vontade de ajudar.
Esta não é a primeira missão destas jovens de 24 anos, mas é a primeira fora do país. São de Lousada (S. Miguel) e integram a associação Juventude Mariana Vicentina (JMV). Através dela, conta Rita, já participou em missões, em lares de idosos e com crianças, nas férias de Natal, Páscoa e verão, e integrou uma na universidade. Ela e a irmã andaram a par neste desejo de ajudar o próximo.
Chamamento
"A partir do momento em que estamos ligadas a um movimento católico e praticamos missões acho que chegamos a um ponto em que sentimos que há um chamamento maior, maior do que nós", refere. E foi isso que as levou a aceitar este novo desafio, aproveitando uma fase em que terminaram os estudos: Rita formou-se em Engenharia Mecânica e Sofia em Bioquímica. "Vamos abraçar este projeto e dar amor", embarcando nesta "aventura" antes de começar a trabalhar, diz.
Vão fazer voluntariado no projeto de missão Ad'Gentes 'Renascer Pra Esperança', em Chinhacanine, no distrito de Xai-Xai, província de Gaza. O centro a que se vão juntar ajuda cerca de 120 crianças, ao nível da higiene, alimentação e estudos, entre outros.
As integrantes do Grupo de Jovens da JMV de Lousada (São Miguel) não levam expectativas. "Vou de coração e braços abertos para o que tiver que acontecer, sem ter como base o que ouvi de pessoas que já lá estiveram", garante Rita. Sabe, ainda assim, que a realidade será diferente e "uma chapada". "Temos de viver como eles e adaptar-nos", acredita. "O mais importante é o que vamos fazer e não se vamos dormir num colchão melhor ou pior", exemplifica.
A meta é só uma: "Queremos contribuir para o desenvolvimento daquelas crianças e durante aquele meio ano dar-lhes ferramentas para que, quando sairmos de lá, possam construir o seu futuro e querer continuar no caminho da educação".