Movimento cívico apresenta queixa contra o presidente da Câmara, por "conflito de interesses" num protocolo com associação onde está o irmão.
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O movimento cívico Cidadãos por Coimbra apresentou uma queixa na Procuradoria-Geral da República, na Inspeção-Geral de Finanças, na Entidade para a Transparência e no Departamento de Investigação e Ação Penal contra o presidente da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), José Manuel Silva, alegando conflito de interesses num protocolo de cocuradoria da Casa da Escrita, agora denominada Casa da Cidadania da Língua, com uma associação gerida por duas pessoas que lhe são próximas, uma delas o seu irmão. José Manuel Silva considera as queixas infundadas.
A Casa da Cidadania da Língua foi inaugurada a 12 de outubro e é gerida pela Associação Portugal Brasil 200 anos (APBRA), presidida por José Manuel Diogo, consultor de comunicação que esteve ligado à campanha eleitoral do atual presidente, e tem como presidente da Assembleia-Geral João Gabriel Silva, antigo reitor da Universidade de Coimbra e irmão de José Manuel Silva. O protocolo de cocuradoria entre a Associação e a Câmara prevê o financiamento da atividade cultural pela autarquia em 150 mil euros durante dois anos.