A GNR realizou 237 resgates e buscas no Parque Nacional da Peneda-Gerês nos últimos cinco anos, tendo sido 2023 o ano em que se registou um maior número de ocorrências (62).
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Há cada vez casos de acidentes nas cascatas e de visitantes perdidos e feridos nos trilhos de montanha. Há, atualmente, três vezes mais ocorrências do que na década de 2000 e a maioria dos casos acontece nos meses de julho, agosto e setembro. No entanto, há menos feridos graves e menos vítimas mortais.
Os números foram revelados, esta quinta-feira à tarde, pela Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPS) da GNR, na conferência que assinalou o 54.º aniversário do único parque nacional português. O major Luís Pinheiro, adjunto do Chefe da Secção de Operações, Informações e Relações Públicas da UEPS, deu conta do registo de 23 ocorrências em 2020, 39 em 2021, 47 em 2022, 62 em 2023 e 58 em 2024. Este ano, os militares já foram chamados a intervir em oito resgates e buscas.
Maioria em Terras de Bouro
Olhando em particular para as intervenções da GNR no ano passado, foram mobilizados meios para 19 resgates por quedas, 19 buscas a desaparecidos e/ou desorientados, 15 primeiros socorros, um resgate de escalador e, ainda, três apoios a automobilistas com problemas de circulação na montanha. Terras de Bouro foi o concelho com mais ocorrências (49), seguindo-se Montalegre (5) e Arcos de Valdevez (4).
"Todo o cidadão tem o direito de praticar desportos ou exercer atividades de montanha da forma mais segura possível. Esse direito torna-se num dever e numa gestão de risco adequada nas áreas protegidas, de modo a promover a segurança do visitante. Melhorar a qualidade dos serviços prestados resulta na mitigação dos impactos causados ao meio ambiente", defendeu o major Luís Pinheiro.
A UEPS da GNR tem, no Parque Nacional da Peneda-Gerês, um Posto de Busca e Resgate em Montanha, comandado por um sargento, Adelino Dias, com 16 militares especialistas em busca e resgate em montanha, dispondo de três jipes e uma moto4.