A operação de segurança que a GNR montou para a peregrinação de 12 e 13 de maio, em Fátima, vai contar, diariamente, com cerca de 240 efetivos de várias valências, incluindo a vigilância com drones, resposta que tem sido usada nas últimas grandes celebrações na Cova da Iria.
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Comparando com o ano passado, há um reforço com 40 elementos que estão a frequentar o curso G4 Polaris, projeto que envolve forças de cariz militar de Portugal (GNR), Espanha ( Guardia Civil), França (Gendarmerie) e Itália (Arma dei Carabinieri), que, este ano, decorre no nosso país. Esta é a primeira vez que tal acontece, mas a intenção é que se volte a repetir, não só com este projeto, mas com outros níveis de formação.
"Um dos objetivos é que a operação [Peregrinação Segura] seja uma referência e que se possam tirar ensinamentos para a segurança de grandes eventos", avança Carlos Canatário, porta-voz da GNR, explicando que aqueles 40 militares serão "espalhados" pelo dispositivo afeto a esta peregrinação, de forma a "potenciar o contato mais próximo com visitantes provenientes dos seus países de origem".
O responsável da GNR falava durante a conferência de imprensa de apresentação da operação de segurança montada para esta peregrinação, que incluirá patrulhas apeadas, a cavalo e ciclo, equipas cinotécnicas e elementos das unidades de trânsito, investigação criminal, ordem pública e desativação de engenhos explosivos. Os operacionais contarão ainda com o apoio de vigilância feita por drones e pelo sistema de videovigilância instalado na Cova da Iria.
"Teremos um dispositivo pronto para acolher as pessoas. Venham todas as que tiverem de vir", afirmou o tenente-coronel Carlos Canatário, assegurando que há capacidade de ajustar o efetivo às necessidades de cada momento e que, tal como em anos anteriores, existem "15 planos de contingência prontos para serem implementados".
Nestes dias, os operacionais estarão particularmente focados na segurança rodoviária e na fluidez de trânsito, mas também na prevenção de ilícitos e eventuais alterações à ordem pública e na sensibilização e apoio aos peregrinos. "Procuraremos ser visíveis e estar presentes, mas passando despercebidos e interferindo o mínimo", assegura Carlos Canatário.
Espaço aéreo interdito
O porta-voz da GNR adverte ainda para a interdição temporária do espaço aéreo no Santuário e na zona envolvente, pelo que, "não é possível efetuar voos de drones no espaço do recinto e na sua envolvente", existindo da parte da GNR "capacidade para detetar essas aeronaves e ficar com o controlo das mesmas".
Para que as celebrações decorram em segurança, João Moderno, comandante do Destacamento Territorial de Tomar da GNR aconselha os peregrinos a chegaram “atempadamente”, a fim de evitar filas prolongadas e, após o término das cerimónias, a saírem de forma “gradual”, evitando momentos de maior afluência.
O major João Moderno recomenda ainda que as pessoas memorizem o local onde estacionam a viatura, a não deixarem documentos pessoais no carro e a terem sempre o telemóvel com bateria. É também importante “não perder de vista os idosos e crianças”.