A ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, confirmou, esta terça-feira, no Parlamento, ter recebido o relatório elaborado pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) sobre os fogos de setembro, mas remeteu uma "reflexão" para mais tarde, quando estiver concluído um documento global.
Corpo do artigo
O relatório da ANEPC é "técnico" e chegou na sexta-feira ao final da tarde. Vai ser enviado para a Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais, que está a preparar um relatório global que engloba contributos das diversas áreas de atuação e de todos os que integraram o dispositivo de combate. Só com esse documento será possível "refletir" e "melhorar e robustecer" todo o sistema de proteção civil, disse a ministra.
A governante adiantou, porém, que as "condições meteorológicas eram muito complexas e favoreciam o surgimento de grandes incêndios". "Houve uma enorme preocupação de que o ataque inicial fosse eficaz, de forma a conseguir extinguir o maior número de ignições nos primeiros momentos. No entanto, sabemos que, com a dispersão no território e a quantidade de ignições, era impossível fazer mais", sublinhou, acrescentando que "os grandes incêndios controlam-se, não se extinguem, e isso é muito importante para perceber que, com o dispositivo existente, o objetivo era evitar perda de vidas, de bens e de património".