O Governo garantiu, esta sexta-feira, que "todos os meios" estavam no terreno a combater os incêndios na terceira semana de setembro e prometeu que "tudo fará" para melhorar e corrigir eventuais erros que sejam identificados. O executivo prometeu ainda aliviar a burocracia no apoio às vítimas.
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"Este Governo tudo fez e tudo fará para melhorar tudo o que deve e pode ser melhorado e tudo fará para aprender com eventuais erros que sejam identificados e depois corrigi-los", disse o secretário de Estado da Proteção Civil, no debate de urgência, requerido pelo Chega, sobre "os incêndios e falhas no seu combate".
Paulo Simões Ribeiro remeteu uma análise para os relatórios sobre os incêndios de setembro que estão a ser feitos e que vão "permitir identificar aspetos positivos e aqueles que deverão ser melhorados".
Aos deputados, o secretário de Estado indicou que o dispositivo de combate a fogos de 2024 teve na fase mais crítica "a prontidão máxima possível", que se traduziu "no maior empenhamento de meios de sempre e evitou que o pior acontecesse tendo em conta a severidade das condições meteorológica e do número de ignições" de fogo.
Paulo Simões Ribeiro deu conta de que, entre os dias 15 e 19 de setembro, verificaram-se "mais de 1000 ignições, das quais 400 em período noturno, estes dados por si só já representam o esforço e o 'stress' num sistema quer tem recursos infinitos".
Dispensar visto do Tribunal de Contas
"Apesar do peso da infelicidade que nos aconteceu, podem os portugueses saber que todos os meios à disposição estavam no terreno e atuaram no limite das suas capacidades", precisou.
Também esta sexta-feira, o ministro da Coesão Territorial, Castro Almeida, apresentou no Parlamento uma proposta para aliviar a burocracia no apoio às vítimas dos incêndios de setembro, nomeadamente a dispensa de visto prévio do Tribunal de Contas na reconstrução das habitações pelos municípios.
Além da proposta do Governo, o Parlamento debateu também medidas complementares de apoio às populações afetadas pelos incêndios de setembro deste ano, apresentadas pelo PAN, Chega, PCP, BE e Livre.
Fundão na expectativa
Castro Almeida destacou que as propostas do Governo pretendem agilizar a chegada da ajuda às vítimas, na sequência de decisões tomadas pelo Conselho de Ministros, tendo em conta que o Executivo decidiu disponibilizar de imediato 100 milhões de euros com este fim.
Estas correções poderão incluir o caso denunciado pelo município, que tinha ficado de fora pelo incêndio ter ocorrido poucas horas do período para o qual foi estabelecido apoios estatais.
Esta terça-feira, o presidente da Câmara do Fundão, Paulo Fernandes, mostrou-se confiante que os oito milhões de prejuízos causados pelo incêndio de Silvares, que deflagrou a 13 de setembro, vão ser ressarcidos pelos apoios regulamentados pelos Governo.