Governo tira helicópteros de combate a fogos rurais de Castelo Branco e Sardoal
Autarcas contestam decisão “perigosa” e tomada sem ouvir as regiões. Governo diz que ocorrências são residuais até maio.
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Os helicópteros de combate a incêndios que estavam em permanência, desde 2018, nos aeródromos de Castelo Branco e de Sardoal e que servem regiões com grandes manchas florestais foram retirados e só regressarão a 15 de maio. Os autarcas de Castelo Branco e do Médio Tejo contestam a desqualificação dos dois centros de meios aéreos para sazonal, onde foram investidos milhares de euros para dar condições à operação dos hélis, considerando que a decisão é “perigosa”, foi tomada sem falar com as autarquias e os meios locais e deixa as regiões desprotegidas durante mais de quatro meses.
A retirada do héli de combate a incêndios motivou a aprovação de uma moção pelo Executivo de Castelo Branco e o presidente da Câmara, Leopoldo Rodrigues, já solicitou uma reunião ao secretário de Estado da Proteção Civil. O edil lembra o investimento que o município tem feito para manter este serviço permanente. Aos 350 mil euros gastos em água e em eletricidade e aos 200 mil euros para o funcionamento da Base de Apoio Logístico que tem capacidade para acolher 129 operacionais, vai acrescer um investimento de 890 mil euros na construção de uma segunda placa de estacionamento de aeronaves “para continuar a servir a Proteção Civil e receber aviões civis”. Além disso, “no ano passado, este espaço passou a ser a base ibérica, onde foram alocados os meios europeus de combate aos fogos.