Uma jovem, de 26 anos, que estava grávida de nove meses de gestação, perdeu o bebé, dois dias depois de ter tido dores fortes e de ter procurado ajuda no Hospital de Cascais onde lhe terá sido dito que estava tudo bem com o feto e que poderia ir para casa. A unidade hospitalar nega que tenha havido negligência.
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Ao que tudo indica, foi na segunda-feira que Pâmela Araújo, de nacionalidade brasileira, mas a viver em Portugal há cinco anos com o marido, teve dores fortes, que associou ao início do trabalho de parto, por se encontrar com 40 semanas de gestação. “Fizeram exames e disseram que estava tudo bem e que, dali a dois dias, quando tivesse a última consulta antes do parto, falaria com a minha médica. Disseram que estava tudo bem com a bebé e comigo”, contou a parturiente ao Correio da Manhã, que divulgou o caso.
Pâmela Araújo foi mandada para casa pelos médicos e, na quarta-feira, ainda antes da consulta que aguardava, teve uma perda de sangue, que a obrigou a pedir de novo ajuda. No entanto, ao dirigir-se ao hospital e após exames médicos, a equipa clínica viria a confirmar o óbito do feto, do sexo feminino.
Indução do parto
Ao JN, esta sexta-feira, a direção de comunicação do Hospital de Cascais assegurou “que todos os seus profissionais atuaram de acordo com os protocolos e práticas clínicas instituídas, de forma totalmente criteriosa, responsável e humanizada”.
Sem responder, no entanto, se vai ser aberto algum inquérito interno para averiguar o que aconteceu, a mesma fonte deixou claro que “atendendo a matéria de confidencialidade, o Hospital de Cascais escusa-se a comentar com maior detalhe a situação ora descrita, reforçando que está a acompanhar a utente e a família neste momento difícil”.
Segundo apurámos, esta sexta-feira, Pâmela mantinha-se internada naquela unidade hospitalar, em processo de indução de parto, para que o feto já sem vida fosse expulso. A criança seria a primeira filha do casal de imigrantes e a gravidez terá decorrido sem sobressaltos.