No primeiro de três dias de greve dos trabalhadores dos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC), que se cumpriu esta segunda-feira, saiu apenas um dos 104 autocarros que deveriam ter saído. Segundo os sindicatos, a paralisação rondou os 99%.
Corpo do artigo
Os trabalhadores reivindicam um melhor salário e uma carreira de agente único de transportes coletivos que dizem ser a que tinham até que, em 2008, passaram a assistentes operacionais. "Isto de ser assistente operacional significa que a base de salário é o salário mínimo nacional. É pouco realmente para uma profissão que tem a exigência de muitas qualificações: de uma carta, de um certificado de aptidão de motorista de transporte coletivo de crianças", sustenta João Soares, delegado do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL) nos SMTUC.
João Soares considera que é "muito investimento para um baixo vencimento" e diz que se não há atratividade não há candidatos para o cargo de motorista. "Em 40 vagas, no último concurso, foram oito candidatos que apareceram", assinala.