O Sindicato de Todos os Profissionais de Educação (S.TO.P.) levou a cabo, esta terça-feira, uma greve que encerrou 25 dos 40 estabelecimentos de ensino do concelho de Setúbal.
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Daniel Martins, dirigente sindical do S.TO.P., critica o Governo atual por “não ter cumprido a promessa da valorização das carreiras dos assistentes operacionais” e diz ser “necessário manter a pressão a todos os partidos para que não se esqueçam da aposta na Escola Pública, ameaçada pelo investimento na Defesa”.
A greve foi assinalada em dezenas de escolas do ensino básico e algumas do ensino secundário, como a Escola Secundária D. João II e Escola Secundária D. Manuel Martins. Ainda assim, Daniel Martins aponta para a Escola Básica do Viso, "que abriu com apenas dois assistentes operacionais para centenas de alunos, colocando em causa todo o funcionamento e segurança”. Outras escolas, como a Secundária Lima de Freitas, funcionou a meio gás, com o encerramento de alguns pavilhões.
Em causa está o que o sindicato entende ser a luta por aumentos salariais, mais pessoal docente e não docente, fim da municipalização, direito à Caixa Geral de Aposentações para todos, gestão escolar democrática, avaliação justa e sem quotas e especificação de funções. A decisão da realização do protesto foi tomada em plenário realizado após a última greve deste sindicato, em fevereiro.
Em paralelo ao encerramento das escolas, cerca de 100 profissionais de educação, na sua maioria assistentes operacionais, participaram numa marcha de protesto entre a Escola Básica da Aranguez, no centro da cidade de Setúbal, e a Praça do Bocage.