<p>A greve dos trabalhadores da mina de Neves-Corvo, em Castro Verde, que começou anteontem, continuou ontem com uma adesão acima dos 90% e está a "afectar" a produção de minério, disse fonte sindical. Os trabalhadores prometem continuar a luta. </p>
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"O segundo dia de greve começou exactamente igual ao primeiro, com os mesmos trabalhadores a aderirem. Portanto, a adesão continua a ser superior a 90% em todos os turnos", precisou Jacinto Anacleto, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira (STIM).
"Duas horas a menos de trabalho no fundo da mina no início de cada turno", num total de oito horas diárias, "estão a afectar e muito a produção" da Somincor, a concessionária da mina, frisou o sindicalista. "Temos conhecimento que vai faltando matéria-prima à superfície para ser tratada nas lavarias", disse, referindo que "as lavarias estão a funcionar mas com pouco minério".
Por tempo indeterminado
O STIM e os trabalhadores "ainda não obtiveram feedback da administração" da Somincor, "portanto, não há outra hipótese senão dar continuidade à luta e manter a greve", adiantou Jacinto Anacleto. Os trabalhadores da mina de Neves-Corvo prometem manter a greve por tempo indeterminado. A "principal reivindicação", explicou, é "o aumento de cem euros no subsídio de fundo", que é atribuído aos trabalhadores que trabalham no fundo da mina.
Anteontem, a Lundin Mining, proprietária da empresa, emitiu um comunicado a informar que os trabalhadores "exigem aumentos salariais na ordem dos 17% sobre o salário base" e que a administração "rejeitou a reivindicação e fará todos os esforços para reduzir o efeito da greve". A empresa tem 900 trabalhadores.