Grupo Casais apontado como vencedor de concurso de 25 milhões para residência universitária em Braga
O relatório preliminar do júri do concurso público para a obra de requalificação e transformação em residência universitária da antiga fábrica de sabonetes Confiança, em Braga, avaliada em 25 milhões de euros, aponta para a construtora Casais como a vencedora.
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"Aplicados os critérios do caderno de encargos, tudo aponta para que a Casais fique em primeiro lugar”, disse ao JN fonte ligada ao processo. No entanto, o grupo DST, também de Braga, ainda não foi afastado, dado que o processo está em fase de audiência prévia até ao dia 15 de março. Assim, ficaram de fora a ABB - Alexandre Barbosa Borges e a Pinto & Soares, SA.
A mesma fonte revelou que, como os quatro concorrentes apresentaram projetos que iam além do PIP (Pedido de Informação Prévia) do município, o júri decidiu que teriam de ser validados pela Direção-Geral do Património Cultural, uma vez que a Confiança é um edifício classificado.
Por isso, decidiu submeter-lhe os projetos, desde logo para não correr o risco de escolher um concorrente que depois visse o seu projeto não aprovado, o que inviabilizaria o prosseguimento da obra da Confiança e a perda do financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Terá dois edifícios
O projeto arquitetónico de transformação da antiga fábrica em residência universitária, com mais de 700 camas, conta com um espaço de uso complementar para fins culturais de área não inferior a 500m2. E terá espaços museológicos e de venda de produtos da extinta Confiança - da chamada linha Heritage - uma área que, ao todo, ocupa 1300m2.
A residência será constituída por dois edifícios, o Edifício 2 (ou Novo) e o Antigo Edifício. A obra do primeiro corresponde à adaptação e ampliação prevista para o terreno sobrante do prédio urbano, a implantar a norte do edifício fabril existente classificado. O segundo será objeto de uma empreitada correspondente à salvaguarda e reabilitação do Monumento Classificado, atualmente devoluto.
O empreendimento “está concebido e caracterizado para ser promovido, gerido e executado com um grau significativo de inovação, nomeadamente ao nível do processo construtivo, das matérias-primas a aplicar, das soluções tecnológicas a desenvolver, da eficiência energética e sustentabilidade a assegurar, privilegiando soluções de construção modular e outros processos de construção modular e pré-fabricação".
Nesta opção, diz a Divisão Municipal de Obras, a conceção, a tecnologia/inovação e a construção estão intrinsecamente ligadas, sendo uma opção ambientalmente mais sustentável e económica e menos dependente do empreiteiro. Este terá de elaborar igualmente o projeto de execução do empreendimento, razão pela qual a execução do projeto de execução constitui, também, objeto do contrato a celebrar.