O presidente da Câmara de Guimarães, Domingos Bragança, manifestou, durante um debate organizado pelo PS local, o seu desagrado face a alegadas tentativas de aliciamento de médicos do hospital da cidade por parte do Hospital de Braga. A administração deste nega e afirma que se houve movimento de profissionais foi no sentido contrário.
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Perante uma centena de militantes socialistas, mas também médicos, enfermeiros e gestores, Domingos Bragança afirmou que o Hospital de Braga entrou "por lógicas não cooperativas com o Hospital Senhora da Oliveira (HSOG), tentando ficar com os especialistas em Obstetrícia que o próprio HSOG lhe tinha enviado, por empréstimo, para suprir as carências ocasionais".
O edil vimaranense criticou ainda a postura do Hospital de Braga que acusa de "interferência negativa", para atrasar a abertura do Serviço de Hemodinâmica de Guimarães.
A Administração do Hospital de Braga "demonstra a sua total estupefação" relativamente às declarações de Domingos Bragança. A unidade bracarense afirma que "o HSOG não cedeu qualquer especialista de Ginecologia e Obstetrícia ao Hospital de Braga, tendo inclusivamente contratado dois médicos desta especialidade à unidade hospitalar bracarense, em 2022".
Relativamente à Hemodinâmica, realça "a cooperação e parceria estabelecida com o HSOG, com vista à formação dos profissionais da instituição vimaranense (médicos e enfermeiros) que, inclusivamente, se encontram em formação no Hospital de Braga desde 15 de dezembro".
Durante o mesmo debate, Domingos Bragança defendeu a necessidade da construção de "um novo edifício hospitalar complementar ao já existente", para albergar a anunciada Unidade Local de Saúde de Guimarães e Alto Ave e novas valências de especialidades.
O autarca disse ainda que o Governo devia fazer da requalificação do Hospital de Guimarães "uma prioridade" e deixou o compromisso de a própria Câmara Municipal ceder o terreno necessário.