A associação Curtir Ciência retirou da sua designação social a referência à Rede Ciência Viva, da qual tinha já sido excluída.
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No dia 19 de março, a Curtir Ciência - Associação do Centro de Ciência Viva Guimarães alterou, através de escritura pública, os seus estatutos e passou a designar-se Associação Curtir Ciência. A associação fazia parte da Rede Nacional de Centros de Ciência Viva até ter sido excluída, na sequência de uma auditoria que concluiu que o espaço estava degradado e que os conteúdos estavam desatualizados, em dezembro de 2023. O centro está instalado, desde dezembro de 2015, numa antiga fábrica de curtumes, na zona de Couros, reconhecida como Património da Humanidade pela UNESCO, em setembro de 2023.
Os sócios da Curtir Ciência - Associação do Centro de Ciência Viva Guimarães - Município de Guimarães e Universidade do Minho - decidiram, em Assembleia Geral, realizada no dia 17 de março, alterar o nome da instituição para Associação Curtir Ciência. A deliberação foi registada, no dia 19, através de escritura pública. Esta mudança da designação não será alheia à exclusão do centro de Guimarães da Rede Nacional de Centros de Ciência Viva.
Em dezembro de 2023, uma auditoria ao espaço de divulgação de ciência e tecnologia da Cidade Berço, situado na zona de Couros, Património da Humanidade, encontrou o edifício em “degradação infraestrutural” e concluiu que os conteúdos sofriam de um“elevado grau de desatualização”. O relatório mencionava ainda o “caráter obsoleto dos módulos expositivos e as graves falhas de funcionamento [...], “criando em determinadas situações, problemas para a segurança dos visitantes”. Em face desta situação a Comissão de Acompanhamento da Rede de Centros Ciência Viva deliberou, no dia 13 de março de 2024, retirar a marca ao Curtir Ciência, em Guimarães.
Dificuldade de financiamento
Na altura, a vice-presidente da Câmara de Guimarães, Adelina Paula Pinto, justificou a reserva do Município sobre o assunto por estarem a decorrer negociações junto do Governo para defender a posição do centro vimaranense. A autarca exprimiu a sua apreensão relativamente à dificuldade de captar fundos europeus: “Temos receio de ir sozinhos e de não termos as mesmas possibilidades, mas vamos assegurar esse trabalho sós ou com o Laboratório da Paisagem”. A alteração do nome da associação está na agenda da reunião do Executivo vimaranense, do próximo dia 21, para informação. Nessa altura, deverá ficar a saber-se se o Município desistiu definitivamente de integrar a Rede de Centros de Ciência Viva.