Os caloiros da Universidade do Minho voltaram às ruas de Guimarães, esta quarta-feira, para a tradicional latada que foi interrompida, em 2020, devido às condições sanitárias desencadeadas pela pandemia.
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No âmbito da Receção ao Caloiro da academia minhota, que decorre de 3 a 6 de novembro, os caloiros desfilaram conduzidos pelos "doutores", ao longo da tarde, num percurso que se iniciou na alameda de São Dâmaso, passou pelo largo do Toural e pelos principais pontos do Centro Histórico da Cidade Berço.
Esta quarta-feira arranca também o programa de concertos da Receção ao Caloiro 2021, com Quim Barreiros a dar música aos estudantes nesta primeira noite, no Multiusos de Guimarães. Amanhã, quinta-feira, o programa prossegue com Toy e, na sexta-feira, Julinho KSD encerra a festa.
Para os alunos que frequentam, agora, o 2.º ano e que fazem parte da Comissão de Festas restou-lhes ver, de fora, um episódio que não tiveram oportunidade de experimentar no seu ano de caloiros.
Tiago Lameira, 19 anos, caloiro do curso de Gestão, afirma que a importância deste momento é a partilha e "a oportunidade de conhecer pessoas, de interagir com outros cursos". Sobre a praxe violenta, Tiago é perentório, "não há nada disso em Gestão, é uma festa que cria uma grande união entre as pessoas, que vai ficar para a vida."
Mariana Ferreira, do 3º ano de Marketing, afirma que "é essencial mantermos esta tradição e mostrarmos a toda a gente como é bom o ambiente na universidade. Muitas vezes falam mal na televisão e inventam coisas, mas isto é essencialmente união, integração e boas memórias."
Mariana recorda que a praxe de 2020 teve que decorrer online, "mas não é a mesma coisa." Sérgio Pereira, do 2º ano de Marketing, este ano segue a marcha de fora, tira fotografias aos caloiros, como aquelas que ele nunca vai ter, porque no seu ano de caloiro não houve latada. "O ano passado não vivi isto e foi com muita pena, agora sinto um pouco a saudade do que não vivi. Este ano é muito bom estar aqui para ajudar o curso. Tivemos um pouco de dificuldade, porque somos a Comissão de Festas sem ter passado pela experiência, contudo, com a ajuda dos colegas do 3.º ano e de gente que até já saiu do curso correu tudo bem", afirma.
Um sinal dos tempos, com mais consciência ambiental, são os alunos que vão seguindo o cortejo e juntando em grandes sacos de lixo as latas que ficam pelo chão, para mais tarde mandar para a reciclagem.