Os Guns N" Roses atuaram, na sexta-feira, no Estádio Cidade de Coimbra, num concerto de cerca de três horas, repleto de clássicos, que deixou marca no público.
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A banda entrou em palco às 20.40 horas, quando o estádio, com lotação de 48 mil pessoas, já estava praticamente cheio nas bancadas e no relvado.
Os Guns N' Roses apresentaram 29 temas, com o pontapé de saída a ser dado com "Welcome to the Jungle", do disco de estreia "Appetite for Destruction" (1987), como tem sido habitual na digressão "Because what you want & what you get are two completely different things".
Ao tema "Knockin" on Heaven's Door", quando passava cerca de uma hora do início do concerto, o público respondeu com as lanternas dos telemóveis nas bancadas e no relvado.
"Sweet Child o" Mine", "November Rain", "Patience" ou "Don"t Cry" foram ainda temas com maior resposta do público, num concerto em que, da parte da banda, houve pouca interação com a plateia.
Em Coimbra, não houve novidades no alinhamento, em que não faltaram canções como "Bad Obsession", "You Could Be Mine", "It"s so Easy" e "Used to Lover Her".
Os Guns N"Roses despediram-se da cidade, ao fim de quase três horas em palco, com "Nightrain" e "Paradise City", tema que levou o público ao rubro.
Banda de várias gerações
Alice Amorim, de 71 anos, veio de Vila Nova de Famalicão com os irmãos para ver o concerto dos Guns N' Roses. "Adorei porque já tenho raízes de trás. A minha mãe, por exemplo, era uma fã e deixou-nos o bichinho", dizia ao JN no final do espetáculo.
Quanto ao alinhamento, para Alice, não faltou nenhuma música - "estava tudo bem". Já dos temas interpretados em Coimbra, aponta "Knockin" on Heaven's Door" como o que mais a marcou. "Acho que é sensível também", justifica.
Já Carla Moreira, de 49 anos, destaca como música especial da noite "Don't Cry". Quanto ao espetáculo, diz, "foi fantástico". "Foi recordar a adolescência e ainda pude trazer a minha filha para partilhar comigo a experiência. Foi extraordinário", justifica. Ao lado, a filha, Eva Silva, de 11 anos, admite ter gostado de "tudo".
Do concerto, Carla Moreira realça "a força de vontade" que os elementos da banda têm em palco e "a energia". "Foi contagiante", observa a fã, que veio de Arcos de Valdevez, num grupo de dez familiares, todos com camisolas personalizadas.
Para Carla Moreira, os Guns N' Roses cantaram todas as músicas antigas que estavam à espera e "mais algumas". "Houve uma altura em que até estava a sentir falta das baladas, mas, no fim, tocaram todas e foi mesmo extraordinário", observa.
Já para Carla Fonte, de 54 anos, este foi o primeiro concerto de Guns N' Roses, cujas músicas fizeram parte da sua juventude, e foi "fantástico". "Se calhar não estava à espera de tanto, mas estava expectante", remata Carla, que veio de Oliveira de Frades.