Processo prolonga-se há quase 20 anos. Em quatro anos, a Polícia Municipal foi 19 vezes ao edifício. Lojas estão seladas há uma semana
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Somam-se 594 reclamações de ruído do centro comercial Stop, na Rua do Heroísmo, no Porto. Além disso, nos últimos quatro anos, a Polícia Municipal deslocou-se ao edifício 19 vezes. O processo arrasta-se há quase 20 anos, altura em que as lojas vazias foram sendo transformadas em estúdios de música e salas de ensaio para artistas da cidade. Apesar de várias notificações e reuniões com os artistas, condomínio e Município, o cenário no Stop manteve-se até à semana passada. O relato faz parte do histórico de queixas do Stop, a que o JN teve acesso.
Muitos contratos de arrendamento terão sido celebrados à margem da lei, já que os espaços carecem de uma licença de utilização para aqueles fins. E a queixa de ruído vinda de uma discoteca ilegal que funcionava no edifício sem condições de segurança agravou o cenário. O "cocktail" de clandestinidade espoletou, na semana passada, uma ação da Polícia Municipal. Das 126 lojas, 105 foram seladas. A atitude já tinha sido tomada em 2010, mas desconhece-se o número de salas envolvidas. Houve também quem a desrespeitasse, não tendo sido possível identificar o autor. À data, Rui Rio liderava a Câmara.