Há três queixas de maus-tratos a pessoas com deficiência em Macedo de Cavaleiros. Cooperativa nega "situações absolutamente falsas"
A Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados de Macedo de Cavaleiros (CERCIMAC) nega a existência de maus-tratos a utentes na instituição, denunciados por antigos funcionários. Uma fonte da GNR confirmou ao JN que há três queixas relacionadas com o assunto, já encaminhadas para o tribunal.
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Corre no Ministério Público de Macedo de Cavaleiros um processo-crime sobre o caso, mas a investigação, alega a cooperativa, baseia-se numa queixa-crime apresentada pela própria instituição, "que sempre pugnou – e pugna – pela transparência e pela defesa musculada dos direitos dos seus utentes”.
Numa nota escrita envida ao JN, a presidente da CERCIMAC, Luísa Garcia, explica que não pode pronunciar-se sobre este processo ou sobre outros que se encontrem em investigação pelos tribunais ou pelas autoridades policiais, “cumprindo, como sempre, as regras do Estado de Direito”.
Na mesma missiva, Luísa Garcia explica que a cooperativa “repudia veementemente qualquer tipo de maus-tratos e/ou de negligência sobre qualquer pessoa, designadamente sobre pessoas com deficiência", negando ainda, "de forma clara e objetiva, as insinuações e/ou acusações de maus-tratos que lhe têm sido imputadas por parte de ex-funcionárias(os)", um dos quais exerceu funções na instituição há mais de 15 anos, antes ainda de a CERCIMAC ter a valência de lar residencial.
A IPSS cuida e apoia mais de 100 pessoas com deficiência. “Os alegados factos que nos foram comunicados até ao presente e que têm vindo a ser propalados em certos setores, designadamente junto dos órgãos de comunicação social, são situações absolutamente falsas e/ou deturpadas. Assim e designadamente, a saúde dos utentes e os cuidados alimentares prestados são uma preocupação constante, sendo cumpridas regras estritas e escrupulosas para se atingir, como se atinge, um patamar de elevado rigor e qualidade e sempre, com o conhecimento das famílias dos utentes”, remata a nota.