Pedro Cepeda (PSD-CDS) e Paulo Correia (PS) na corrida à sucessão de Antonino Sousa.
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O vice-presidente da Câmara Municipal de Penafiel, Pedro Cepeda, é o candidato da Coligação Penafiel Quer (PSD/CDS-PP), nas próximas autárquicas – num momento de viragem, já que Antonino de Sousa, o autarca local, não se pode candidatar por força da limitação de mandatos – e quer dar continuidade ao trabalho feito, com uma equipa que, assegura, poderá trazer “uma nova visão e uma nova energia para o concelho”.
O seu principal opositor será o socialista Paulo Araújo Correia, que volta a candidatar-se após o ter feito em 2021. Nessa altura, o PS concorreu coligado com o R.I.R., o partido de Vitorino Silva, conhecido por Tino de Rans, e assegurou três lugares na vereação.
PS sem Vitorino
Neste combate autárquico, o PS apresenta-se a votos sozinho e quer mudar o rumo da governação que, garante, precisa de proatividade e planeamento. “Há falta de proximidade, planeamento e visão para o nosso território”, afirma.
Do projeto político que defendem para o desenvolvimento do concelho, os dois candidatos concordam na necessidade de se olhar com mais atenção para a habitação – um problema que defendem é transversal a todo o país – quer pelo poder local, quer pelo poder central. “Queremos ser parte da solução, estimulando a construção de mais habitação, com processos mais simples e rápidos. Vamos criar instrumentos que permitam agilizar e dar transparência aos licenciamentos, usando a tecnologia para que cada cidadão saiba sempre em que ponto está o seu processo”, referiu Pedro Cepeda. O candidato destacou ainda outra prioridade, que passa por lançar um “ecossistema de inovação, envolvendo academias, jovens qualificados e empresas, criando um ambiente onde empresas jovens e inovadoras trabalhem com setores tradicionais, gerando valor e aumentando a competitividade”.
Também o socialista Paulo Araújo Correia aponta a habitação como um entrave para o desenvolvimento do concelho, onde é “impossível”, para quem vem para lá trabalhar, arrendar uma casa. “O mercado tem pouca oferta, os valores das rendas são muito altos. E essa é uma das prioridades na nossa candidatura. Tivemos 20 milhões de um Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), com o programa 1.° Direito que era dinheiro a fundo perdido e Penafiel perdeu uma oportunidade de intervir nesta matéria”, referiu.
Captar de investimento
Para o socialista, a questão da habitação entronca em outras questões que entende essenciais, como a captação de investimento e a fixação de jovens. “Temos que ter capacidade de reter os nossos jovens, de gerar emprego qualificado. Temos assistido a uma hemorragia, jovens a saírem de Penafiel, porque não temos capacidade de gerar emprego qualificado, nem dar habitação às pessoas”, acrescentou