A história do Eixo Atlântico, entidade transfronteiriça que agrega cerca de 40 cidades do Norte de Portugal e da Galiza, vai ter espaço próprio em Viana do Castelo.
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O projeto, que foi divulgado esta quinta-feira pelos responsável da entidade, vai nascer no edifício de uma antiga residência de estudantes na cidade de Viana, em finais de 2026, após realização de obras. A recuperação do imóvel, situado na Avenida Conde Carreira, e que se encontra devoluto, custará entre “700 mil e um milhão de euros”.
De acordo com o projeto, divulgado numa altura em que Viana do Castelo é Capital da Cultura do Eixo Atlântico 2025, o futuro centro funcionará como “espaço cultural, educativo e artístico”. Receberá “uma exposição permanente sobre a história do Eixo Atlântico, com conteúdos interativos, e uma sala audiovisual com a apresentação dos seus principais projetos, iniciativas e redes de cooperação”. Será composto por “uma sala digital imersiva, uma receção, uma sala de História, uma sala de Comunicação, uma sala para exposições temporária e um logradouro”.
O objetivo é que os visitantes possam percorrer as mais de três décadas do Eixo Atlântico, através de “uma exposição antológica da Bienal de Pintura, com as obras vencedoras das catorze edições, que ficarão permanentemente no local”, e de uma sala dedicada à sua história, “desde a fundação em Viana do Castelo, em 1992, até à sua consolidação, ao longo destes 33 anos, como o sistema urbano transfronteiriço mais antigo e dinâmico de referência na União Europeia”.
O Centro de Interpretação da História do Eixo Atlântico compreenderá ainda, no exterior, “vários espaços abertos ao público: uma zona cultural para atividades ao ar livre e exposições, uma zona de degustação gastronómica com produtos da Galiza e do norte de Portugal, um espaço de eventos com um pequeno palco para espetáculos e um jardim com plantas autóctones do noroeste da Península Ibérica, pensado com fins pedagógicos e científicos”.
Luis Nobre, presidente do Eixo Atlântico e autarca de Viana do Castelo, considera que o novo espaço vai “cuidar e projetar o trabalho ativo do Eixo Atlântico” e é o melhor “exercício para mostrar um trabalho de três décadas, que começou em Viana do Castelo”.
Por seu turno, o secretário-geral daquela entidade, Xoan Vasquez Mao, o futuro centro “será a marca a deixar em Viana Capital da Cultura do Eixo Atlântico e o repositório da história da entidade e um ponto essencial para dar a conhecer a euro-região e a Europa”.