Um homem morreu afogado quando tentava salvar uma mulher em dificuldades no mar de uma praia não vigiada junto ao Edifício Transparente, no Porto, na manhã desta sexta-feira. A mulher foi transportada em estado muito grave para o Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos.
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"Eram cerca de 11 horas, a senhora estava junto ao rochedo e ficou em apuros. O senhor foi lá para tentar ajuda-la, mas acabaram por ser puxados os dois", contou Gonçalo Santos, instrutor de uma escola de surf.
Segundo um comunicado da Autoridade Marítima Nacional, foram "dois nadadores-salvadores das praias adjacentes" que socorreram as vítimas, que estavam em paragem cardiorrespiratória.
Já no areal, foram assistidas com manobras de reanimação efetuadas por elementos do INEM, dos Bombeiros Voluntários Matosinhos-Leça e dos Bombeiros Voluntários Portuenses, com o apoio da equipa do Salvamento Balnear de Matosinhos, acrescenta o mesmo comunicado.
O homem, com idade entre os 50 e os 60 anos, segundo a Autoridade Marítima, não resistiu e o óbito foi declarado no local pelo médico do INEM. Após contacto com o Ministério Público, o corpo foi transportado pelos Voluntários Portuenses para o Instituto de Medicina Legal, no Porto.
A mulher, também com idade entre os 50 e os 60 anos, foi transportada "em estado inconsciente" para o Hospital Pedro Hispano pelos Bombeiros de Matosinhos/Leça. À tarde, continuava internada no Serviço de Medicina Intensiva daquela unidade.
Segundo Gonçalo Santos, os problemas no local "são recorrentes" e só nesta semana houve quatro situações de afogamento no mesmo sítio". O instrutor de surf considera que, ali, "devia ser proibido mergulhar". "Temos de evitar as ocorrências, e sendo um local perigoso, têm de se proibir as pessoas de ir para ali", declarou. Muitas vezes, "são os surfistas que ajudam a socorrer pessoas em dificuldade no local", uma vez que estão "perto de água e se apercebemdas situações", acrescentou Gonçalo.