Os dois homens foram resgatados, ao largo da Costa Nova, mas o mais velho já estava em paragem cardiorrespiratória.
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Dois homens, pai e filho, de 62 e de 36 anos, foram resgatados da ria de Aveiro, na zona sul da Costa Nova, em Ílhavo, esta sexta-feira, cerca das 11.30 horas. Mas o mais velho dos dois mariscadores, que já foi encontrado em paragem cardiorrespiratória, acabaria por morrer.
Pai e filho estavam a pescar, apeados, ao que tudo indica na apanha de navalhas, numa altura em que a maré se encontrava vazia e havia vários “bancos” de areia no canal. “O senhor estaria na água e o filho não. Quando se apercebeu que o pai estava a ser levado, o filho atirou-se para ir atrás do pai e tentar salvá-lo”, contou ao JN Ricardo Correia Guerreiro, capitão do Porto e comandante-local da Polícia Marítima de Aveiro.
Na margem, na Gafanha da Encarnação, a esposa do homem mais velho, ao ver o marido e o filho em apuros, pediu ajuda pelo 112. Eram 11h22 horas e o alerta foi dado para duas pessoas desaparecidas na ria. “Aqui, só se ouviam gritos de socorro”, adiantou uma testemunha ocular, junto ao Cais dos Pescadores da Costa Nova.
Uma embarcação semirrígida da Estação Salva-Vidas de Aveiro, que se encontrava perto, acorreu de imediato ao local, tendo alcançado o local onde se encontravam as vítimas em cerca de dez minutos. “Quando chegaram, as duas vítimas já estavam na areia e foram ambas resgatadas. Mas a mais velha, que terá estado mais tempo na água, já se encontrava em paragem cardiorrespiratória”, explicou Ricardo Correia Guerreiro.
A Autoridade Marítima Nacional (AMN), em comunicado, realçou que os tripulantes da Estação Salva-Vidas iniciaram, de imediato, “manobras de reanimação ao homem de 62 anos”. Entretanto, pai e filho foram transportados, na embarcação, para junto do edifício do Instituto de Socorros a Náufragos, junto ao Forte da Barra. Já em terra, esperavam-nos elementos dos Bombeiros de Ílhavo e do INEM, que mobilizou para o local uma Viatura Médica de Emergência e Reanimação.
No entanto, após vários minutos de manobras de reanimação, acabaria por ser declarado o óbito da vítima mais velha. O cadáver foi depois levado para o Instituto de Medicina Legal de Aveiro.
O filho, por seu turno, não sofreu ferimentos e, segundo a ANM, “encontrava-se bem fisicamente, sem necessidade de assistência médica”. Ao que tudo indica, os dois homens praticavam a atividade de pesca de forma lúdica, não sendo essa a sua ocupação profissional permanente.