O homem que foi encontrado morto na tarde de sábado na Praça dos Poveiros, no centro do Porto, estava "referenciado e era acompanhado pelo Serviço Nacional de Saúde e por uma Instituição Particular de Solidariedade Social, em articulação com a Segurança Social, sendo também do conhecimento da Câmara", diz a Autarquia.
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Questionado pelo JN, o Município explica que "não se tratava de um típico cidadão em situação de sem-abrigo, tendo referenciado um historial de internamentos e acompanhamento hospitalar".
Segundo os dados existentes na Câmara Municipal, o homem esteve recentemente internado numa unidade de cuidados paliativos na Póvoa de Varzim, desconhecendo a autarquia em que condições deixou aquela unidade", acrescenta a resposta da Autarquia.
O mesmo texto indica que a Câmara "não pode dar o detalhe do historial do acompanhamento médico e social deste cidadão que, durante o período de acompanhamento, esteve alojado em casa de familiares, internado em mais do que uma unidade hospitalar e ajudado a encontrar alojamento provisório pelos serviços da Segurança Social".
A Autarquia portuense observa, ainda, que a problemática de quem pernoita nas ruas da cidade tem sido tratada no âmbito do Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem Abrigo, e inclui um centro de acolhimento considerado pioneiro (no Hospital Joaquim Urbano).
"Contudo, não é possível proibir cidadãos que, de forma mais permanente ou de forma mais esporádica e intermitente (como era o caso), optam por dormir na via pública, pese embora as respostas que hoje existem no âmbito da solidariedade, estatal e municipal", conclui.