A Liga Portuguesa Contra o Cancro - Delegação Norte homenageou, nesta segunda-feira, 72 voluntários pelo serviço prestado em prol do doente.
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"Tudo o que fazemos com os doentes é um trabalho com o coração e, enquanto tiver forças, pretendo continuar". Teresa Santos Silva tem 80 anos, metade deles passados como voluntária da Liga Portuguesa Contra o Cancro. Nesta segunda-feira, foi uma das homenageadas pela Delegação Norte da Instituição, para assinalar o Dia Internacional do Voluntariado.
"Este apoio é muito importante porque, muitas vezes, as famílias estão longe e só conseguem vir ao fim de semana. Há um ou outro utente cujas famílias são daqui do Porto e esses estão mais acompanhados, mas durante o covid eles sentiram muito a nossa falta", observou Teresa Santos Silva.
"Vocês são o primeiro contacto que os doentes têm com esta realidade e são responsáveis pela formação de opinião dos mesmos em relação à Liga. Muitos parabéns! Continuem a fazer a diferença", sublinharia, na cerimónia, Vítor Veloso, presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro.
"Nesta cerimónia para celebrar o Dia Internacional do Voluntariado, são atribuídas insígnias aos nossos voluntários que fazem 5, 10, 15, 20, 25, 30, 35 anos de serviço", explicou Monick Leal, coordenadora do apoio ao doente da Liga. Na cerimónia foram atribuídas 72 distinções.
Vera Ramos Sobral não tem a experiência de Teresa, mas sabe por experiência própria o quão difícil é aceitar o diagnóstico de cancro.
"Faço cinco anos de voluntariado. Sempre gostei de voluntariado e quando passava pela faculdade, olhava pelas janelas do IPO e dizia "cada janela uma história de vida". Achava que não tinha capacidade para este tipo de ação, por se tratar de histórias tão fortes, mas a vida às vezes dá voltas e ensina-nos para o melhor da pior maneira. Em 2016 eu descobri que tinha cancro da tiroide, e optei por ser seguida no IPO do Porto. Após os tratamentos, considerei que me tinham dado uma segunda oportunidade de vida e quis dar aos outros aquilo que me deram a mim", contou.