População adere a talhões criados num terreno urbano sem uso, permitindo, também, poupança no orçamento familiar. Município tem projeto para abrir um novo espaço.
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Cristina Sousa abraçou a oportunidade de ter um talhão na horta comunitária biológica da Lapa, em Albergaria-a-Velha, e há dias em que tira os sapatos para “sentir a terra”. Maria Zélia Pinto e Anabela Pereira quiseram dar às netas a possibilidade de verem as plantas crescerem. Carlos Cálix, o serralheiro reformado, que na infância ajudou os pais na agricultura e, agora, vive num apartamento, tira da horta tanto hortícolas para poupar no orçamento familiar como convívio para entreter os dias. São exemplos de como a comunidade valoriza a horta que a Câmara de Albergaria-a-Velha criou num terreno devoluto daquela zona urbana. O Município tem projeto para criar novo espaço.
“Não é um campo muito grande de cultivo, mas permite uma certa poupança”, admite Cristina Sousa, de 46 anos, que mora num apartamento e vê na oportunidade de cultivar um dos 28 talhões da Lapa outros ganhos: “Às vezes, ando aqui descalça para sentir a terra e gosto muito de ver as coisas a crescerem”, confidencia.
