As grávidas da área de influência do Hospital de Braga, que não são acompanhadas no Serviço de Obstetrícia daquela unidade hospitalar e não são consideradas de risco, continuam sem ter acesso às ecografias de segundo trimestre.
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A situação acontece desde agosto do ano passado, por falta de médicos especialistas em diagnóstico pré-natal.
O problema foi colocado novamente em cima da mesa, esta sexta-feira à tarde, numa reunião entre dirigentes do Bloco de Esquerda de Braga e a administração do Hospital de Braga, que justificou a saída de profissionais para deixar de responder a todas as grávidas. Atualmente, a unidade hospitalar conta com seis médicos, quando precisaria de dez para manter o serviço.
Só para grávidas de risco
"Passaram a assegurar as ecografias de segundo trimestre apenas em algumas circunstâncias, no caso de grávidas em situação de maior risco, o que faz com que, todas as outras grávidas do distrito, que serão a maioria, não consigam ser acompanhadas no Hospital de Braga. Têm que fazer ecografias no setor privado convencionado, mas apenas o Hospital da Luz [em Guimarães] as faz e lá só têm uma médica", denunciou Cristina Andrade, do BE, à saída da reunião.
O partido já tinha enviado, no último ano, um pedido de esclarecimento ao Governo. O Ministério da Saúde admitiu o problema e confessou ser "difícil" a contratação de médicos especialistas em diagnóstico pré-natal, atribuindo responsabilidades aos novos critérios da Ordem dos Médicos.