Alta centralizada acolheu 2060 pessoas num ano. Pacientes aguardam transporte para casa no novo serviço, libertando camas.
Corpo do artigo
Algum tempo depois de ter sido autorizado pelo médico a sair do Hospital de Braga, Camilo Carvalho descansa num dos cadeirões do espaço de alta centralizada enquanto espera por transporte para casa. O famalicense, de 79 anos, é uma das 2060 pessoas que já passaram por esta valência, um projeto pioneiro iniciado faz hoje um ano e que funciona como local de transição entre o quarto e a saída da unidade hospitalar, permitindo libertar as camas para receber outros doentes. Ao todo, o hospital já “ganhou” mais de seis mil horas no internamento. “Enquanto cá estou já alguém deve estar a ir para a cama que eu estava a usar”, diz ao JN.
Uns metros ao lado, Maria Celeste, de 75 anos, conta os minutos até que a ambulância chegue para a levar de novo para casa. “Já estou habituada a andar com os bombeiros, são eles que me levam à hemodiálise”, começa por dizer a barcelense, de Roriz, que esteve dois dias na urgência e outros dois no internamento. “Disseram-me que o transporte ia demorar e por isso, para libertar a cama em que estava, trouxeram-me para este sítio [o espaço de alta centralizada]. Para mim é como estar no quarto”, sublinha Maria Celeste.