O Centro Hospitalar de Gaia/Espinho abre, esta sexta-feira, o novo edifício de internamento psiquiátrico. Comparticipado a 100% com verbas do Plano de Recuperação e Resiliência, na área da saúde mental, o novo internamento teve um custo de 2,5 milhões de euros e permite o internamento de 38 utentes.
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"O novo internamento foi construído de forma a proporcionar um modelo de intervenção mais humanizado, no âmbito da saúde mental, com total foco na recuperação e melhoria dos doentes internados", é explicado.
Com uma área total de 1750 m2, está devidamente equipado para a realização de atividades terapêuticas e de vida diária, com uma cozinha aberta, cinema, jardim terapêutico, área de leitura, área segura para fumadores, área de gabinetes para intervenção individual e espaços comuns para a intervenção psicoterapêutica em grupo.
"Conseguimos oferecer uma melhor resposta aos doentes complexos, numa vertente integrativa e multidisciplinar num ambiente humanizado, seguro e promotor da autonomia e qualidade de vida", indica Georgina Lapa, diretora do serviço de psiquiatria, para a qual este internamento "aposta logo na reabilitação da pessoa com doença mental grave", referindo que além das novas áreas, "a estrutura está preparada para a interação com as famílias".
Para a diretora, estas instalações irão refletir-se "numa equipa mais motivada e coesa, com mais meios para continuar a dar o seu melhor em prol da saúde mental dos utentes".
"A saúde mental é agora, felizmente, algo mais visível e menos estigmatizado, mas além da alteração da percepção de todos sobre este tema, é absolutamente necessário apostar na melhoria dos cuidados que prestamos ao nível da saúde mental", salienta Rui Guimarães, presidente do Conselho de Administração do Hospital de Gaia/Espinho, "não só nos casos mais graves, que necessitam de uma intervenção em regime de internamento, mas também nos casos que podem ser acompanhados em ambulatório ou em proximidade na comunidade", sendo que esta unidade "também possibilita uma melhor gestão do tipo de intervenção a realizar, em função da maior ou menor gravidade dos casos, ou seja, aplicar terapêuticas em proximidade, onde muitas vezes a melhor solução não passa pelo internamento".
A sessão de abertura realiza-se esta sexta-feira, ao meio-dia, no internamento de psiquiatria, e conta com a presença da presidente da Câmara de Espinho, Maria Manuel Cruz, do presidente da Câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, e do coordenador nacional das Políticas de Saúde Mental, Miguel Xavier.