O Hospital de S. João e a Ordem dos Psicólogos Portugueses assinaram um protocolo tendo em vista para avaliar os riscos psicossociais dos trabalhadores da unidade de saúde.
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Stress ocupacional, "burnout", violência, assédio moral, transtornos dos ritmos de trabalho e abuso de substâncias são os principais fatores de riscos identificados.
"Queremos tratar de quem trata dos outros e isso é importante. Queremos prevenir estes riscos, incluindo nos locais de trabalho. As instituições que não cuidam dos seus não têm futuro e nós não queremos que isso aconteça aqui", garantiu Fernando Araújo, presidente do Concelho de Administração do Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ) durante a cerimónia de assinatura do protocolo, na manhã desta quarta-feira, na Faculdade de Medicina do Porto.
O objetivo é promover a saúde mental dos trabalhadores do S. João e, consequentemente, garantir a eficácia e a eficiência nos serviços prestados aos utentes.
"Queremos que trabalhar no Hospital de S. João seja um motivo de orgulho para os colaboradores e essa será uma das dimensões mais relevantes deste processo", referiu Fernando Araújo.
Os fatores de riscos psicossociais são definidos pela Organização Internacional do Trabalho como o conjunto de fatores que podem afetar a integridade física e mental das pessoas. Assim, o stress ocupacional, a síndrome de "burnout", a violência contra os profissionais de saúde, o assédio moral, os transtornos dos ritmos de trabalho e o abuso de substâncias ansiolíticas estão entre os vários fatores identificados.
Para alcançar os objetivos, o plano de ação será executado em três níveis de prevenção. "Em primeiro lugar, prevenir as pessoas que não estão em risco; depois, mudar a forma como os indivíduos e as organizações respondem às exigências necessárias e inevitáveis do trabalho; por último, fazer o tratamento e cura dos colaboradores em riscos psicossociais", disse Eduardo Carqueja, diretor do Serviço de Psicologia do Centro Hospitalar.