Iazalde Lacá Martins encabeça a lista do CDS à Câmara. Quer uma maior proximidade entre eleitos e eleitores e espera chegar ao Executivo.
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Advogado, 49 anos, Iazalde Lacá Martins foi o nome escolhido pelo CDS para voltar a apresentar uma candidatura à Câmara de Fafe, depois de há quatro anos ter concorrido em coligação com o PSD. Independente, o candidato do CDS quer protagonizar uma mudança de paradigma nas políticas autárquicas.
O que o motivou a encabeçar a lista do CDS?
Sou muito interessado pelos destinos do concelho. O meu percurso tem sido ligado a diversas instituições com o intuito de ajudar. A política no concelho não tem sido a melhor e é preciso uma mudança de paradigma.
O que é que tem faltado a essa política?
Tudo mas, desde logo, a proximidade, porque não me parece compreensível que um cidadão peça uma audiência ao presidente e não seja recebido ou esteja seis ou sete meses à espera.
Considera que o concelho tem ficado para trás quando comparado com outros congéneres?
Sim. Podemos até comparar com Felgueiras, porque Fafe chegou a ser uma cidade muito mais desenvolvida e começamos a ver os vizinhos a passar-nos a todos os níveis.
Tem a ver com a falta de proatividade das políticas públicas, com a perda da população?
Está tudo interligado. A perda de população é reflexo da perda de investimentos e da não fixação das empresas. Se conseguíssemos fixá-las, atrair investimento, conseguiríamos atrair população e capacidade de trabalho que pudesse dinamizar o concelho.
É um problema grave o facto de os jovens irem estudar para fora e muitos já não regressarem?
Deve ser a principal preocupação de qualquer candidato à Câmara. Depois de se formarem não têm empregos de qualidade que os façam regressar.
Quais são as linhas de força para convencer os fafenses a votarem CDS?
Captação de investimento e apostar em políticas de desporto e juventude, investir em infraestruturas que não temos, diversificar a oferta.
Considera que estas eleições são cruciais pela oportunidade de financiamento que vai surgir através de fundos europeus?
É o momento oportuno para quem quer fazer alguma coisa pelo concelho. Esse dinheiro da "bazuca" viria dar um acréscimo importante para obras necessárias.
A mobilidade é uma aposta fundamental?
Em infraestruturas rodoviárias estamos bem servidos, apesar do valor das portagens que é exorbitante. Iremos pugnar por uma redução significativa. Foi um erro ter deixado de existir ferrovia mas, admito, que não é fácil termos uma nova ligação ferroviária.
O que seria um bom resultado?
Vencer as eleições, mas temos de ser realistas. O PS em Fafe funciona como um polvo. É difícil combater esse polvo e o mínimo seria eleger um vereador.
Melhor
Melhor
Uma população muito acolhedora, solidária.
A aposta que tem sido feita na divulgação do nosso concelho.
As paisagens naturais.
Pior
Afastamento do Executivo dos cidadãos e a falta de aposta na divulgação da nossa paisagem.
A perda de população devido à falta de atratividade de investimento empresarial.