Auto de consignação da primeira fase já foi assinado. Ministro considera início da obra "justiça para a região".
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A primeira fase do IC35, via que vai ligar Penafiel e Rans, com uma extensão de 1,5 quilómetros e um investimento de 5,5 milhões de euros, vai estar concluída em novembro de 2023. A garantia foi dada por Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas e da Habitação, que esteve esta quinta-feira em Penafiel na assinatura do auto de consignação da empreitada.
"O IC35 é justiça que se faz ao povo desta região e é por isso que aquilo que nós estamos a fazer neste momento é a respeitar o povo, quem trabalha, quem merece e tem direito que quem governa, faça e cumpra aquela que é a sua missão", referiu Pedro Nuno Santos, com "orgulho por fazer parte de uma história", numa região "de gente de trabalho, que contribuiu para o país e para a riqueza nacional ao longo das décadas".
Em Penafiel, o ministro recordou ainda outras obras essenciais para a região, a serem concretizadas em Baião, Castelo de Paiva e Felgueiras, já previstas no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência. "Em nenhum momento ninguém no Governo acha que estamos a dar alguma coisa que merece ser agradecido".
À saída da cerimónia da assinatura do auto de consignação do IC35, em imagens transmitidas pela RTP, o ministro das Infraestruturas e da Habitação disse apenas duas frases em resposta aos jornalistas. "Tenho de ir embora. Eu não sou fragilizável", assegurou o governante.
Antonino de Sousa, presidente da Câmara de Penafiel, apontou o dia como "histórico", depois de o município se ter debatido ao longo dos anos pela concretização da obra junto das entidades oficiais e de se ter associado ainda a vários movimentos populares reivindicativos da mesma.
Mais de 20 anos de atraso
O autarca recordou os mais de 20 anos de atraso do IC35, prometido após a queda da ponte de Entre-os-Rios, em 2001, que agora se vai concretizar, depois de "10 ministros das obras públicas, depois de seis primeiros-ministros e depois de algo mais triste e doloroso, de 90 vidas que se perderam nestes mais de 20 anos de espera".
Congratulando-se com o compromisso agora firmado, Antonino de Sousa afirmou que além de servir de alternativa à EN106 - uma via por onde passam 16 mil viaturas diariamente, 10% das quais camiões e palco de vários acidentes fatais -, esta estrada vai ainda contribuir para o aumento da competitividade da região. "Esta parte está feita. E agora temos que dar continuidade e avançar para a segunda fase", concluiu o autarca.