Na origem do fogo, no Porto, terá estado rebentamento de cilindro. Filho com 36 anos ficou ferido nas mãos e braços
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Uma mulher com 68 anos morreu na madrugada de ontem na sequência de um incêndio na casa onde residia na Rua do Monte Alegre, no Porto. O filho, com 36 anos, ficou ferido com gravidade, com queimaduras nas mãos e braços e está internado no Hospital de Santo António.
Desconhecem-se as causas do fogo, mas segundo os vizinhos, com base em informações que lhes foram prestadas pela Polícia, na origem da tragédia terá estado o rebentamento de um cilindro. As chamas consumiram o sótão onde Maria Manuela Cortez Mesquita Brito dormia. Eram três da manhã quando soou o alerta. "Não ouvimos barulho, mas sentimos um forte cheiro a fumo", diz a vizinha Marília Rodrigues.
Ontem de manhã, a Proteção Civil avaliava as condições de habitabilidade da casa antiga e aguardava a chegada de um serralheiro para o conserto da porta que havia sido arrombada pelos bombeiros. "Chegamos rápido até porque esta artéria é próxima do quartel, mas o sótão da casa térrea já estava todo tomado pelo fogo", conta Carlos Marques, comandante dos Sapadores do Porto.
iIncêndio há dois anos
De acordo com os vizinhos, este já não é o primeiro episódio de incêndio na casa e há cerca de dois anos os bombeiros foram chamados ao local, embora nessa altura a situação não tenha sido grave. "Eram pessoas educadas, mas o filho sofre de esquizofrenia e quando não tomava a medicação e consumia álcool e droga ficava violento e em casa partia tudo. Por vezes metia a mobília na rua", diz Augusto Cunha, com um talho naquela artéria.
Para além dos bombeiros, estiveram no local a Divisão de Investigação da PSP, a Polícia Judiciária e elementos do Centro de Recolha Oficial de Animais do Porto (CROA) que levou dois cães que habitavam na casa e que se encontravam assustados com o sucedido.