Um homem morreu, ontem, na povoação de Cume, ao ser atropelado por uma retroescavadora que operava numa obra de instalação de uma boca de incêndio, da responsabilidade da Cãmara Municipal da Lousã, conforme revelou fonte do CDOS de Coimbra.
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Cerca das 15 horas de ontem, dois funcionários da Câmara Municipal da Lousã efectuavam uma obra de instalação de uma boca de incêndio numa pequena rua da povoação de Cume, com um deles a operar uma máquina retroescavadora, quando a tragédia aconteceu com o atropelamento de um residente.
Carlos, conhecido por "Carlos do Cume", de 74 anos, que morava muito próximo da obra, terá parado junto da traseira da retroescavadora, sem que o operador da máquina se tivesse apercebido. Ao fazer marcha atrás, colheu mortalmente o septuagenário.
O condutor da retroescavadora ficou em estado de choque. O JN testemunhou o ambiente de consternação que invadiu o lugar de Cume. À família da vítima terá sido mesmo prestado apoio psicológico no local.
A GNR da Lousã tomou conta da ocorrência, tendo passado o processo para o Ministério Público, que decidiu de imediato entregar o corpo da vítima à família, por não haver suspeita de crime.
Ao JN, o presidente da Câmara Municipal da Lousã, Fernando Carvalho, depois de se afirmar consternado, lamentando a morte do idoso, assegurou que, desde que lidera a autarquia, há uma década, "esta é a primeira vez que acontece um acidente com esta gravidade num trabalho camarário". Mesmo antes do seu primeiro mandato, o autarca socialista afirma não se recordar de um acidente em obra camarária desta natureza/gravidade.
Fernando Carvalho informou que a Câmara Municipal da Lousã vai abrir um inquérito para apura as circunstâncias em que aconteceu o atropelamento mortal, conferir as condições de segurança na obra e tentar apurar eventual responsável ou responsáveis pelo sucedido.