As pessoas com mais de 65 anos do concelho de Esposende, em situação de risco e/ou de vulnerabilidade social, têm agora um botão para pedir ajuda à Guarda Nacional Republicana.
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O projeto-piloto eGuard – Sistema de Teleassistência e Monitorização pretende contribuir para minimizar situações de isolamento e de risco, promovendo o bem-estar e a segurança, tratando-se de um investimento de cerca de 27 mil euros.
“Em Esposende jamais abdicaremos de fazer tudo para melhorar a qualidade de vida da população”, disse o presidente da Câmara, Guilherme Emílio, na cerimónia que marcou o arranque do projeto e que contou com a presença do comandante do Comando Territorial da GNR de Braga, o coronel Carlos Nuno da Maia Morgado.
O autarca referiu que, dada a emergente necessidade de criar políticas locais de proximidade que respondam aos desafios decorrentes do crescente envelhecimento populacional, este sistema representa um passo significativo para a melhoria da qualidade de vida da população. “Queremos fazer a diferença na vida das pessoas”, acrescentou.
Investimento de 27 mil euros
O projeto eGuard tem como objetivo principal assegurar que as pessoas mais velhas, e/ou em situação de incapacidade, possam permanecer no seu domicílio com segurança, utilizando um dispositivo eletrónico que garante assistência personalizada e permanente. Para além de prevenir os efeitos do isolamento e da solidão, a iniciativa promove a criação de respostas integradas, tirando partido das sinergias entre os parceiros, com enfoque na segurança, na proteção e promoção de bem-estar social. O projeto também procura garantir um atendimento imediato em emergências, apoiar a autonomia das pessoas e evitar ou retardar a necessidade de institucionalização, melhorando significativamente a qualidade de vida das pessoas beneficiárias.
O eGuard destina-se a pessoas com 65 anos ou mais que residam no concelho de Esposende há pelo menos dois anos, vivam sozinhas com nenhuma ou escassa retaguarda familiar e se encontrem em situação de vulnerabilidade social e económica. Contempla ainda pessoas com menos de 65 anos que se encontrem em situação de incapacidade, desde que cumpram as mesmas condições.
Nesta fase piloto serão abrangidas 30 pessoas, com um investimento global próximo dos 27 000 euros. A adesão ao projeto é gratuita, sendo os custos suportados pelo Município de Esposende. A prioridade é para as pessoas em situação de maior vulnerabilidade económica, assegurando um acesso equitativo e inclusivo. A candidatura à teleassistência é feita através de formulário próprio e/ou presencialmente nas instalações da Divisão de Coesão e Desenvolvimento Social, sita na R. Narciso Ferreira, nº 108, em Esposende. O processo de admissão inclui uma avaliação socioeconómica detalhada e visita domiciliária realizada por uma equipa multidisciplinar do Município de Esposende.
As pessoas admitidas ao programa beneficiarão de um acompanhamento de proximidade, com visitas regulares realizadas por uma equipa do Município, em coordenação com a GNR.