O espetáculo "Spiritus" vai ser prolongado até 7 de janeiro, em vez de acabar no fim deste mês. Tendo como palco o interior da igreja dos Clérigos, no Porto, esta experiência de vídeo mapping alcançou recentemente os 100 mil espectadores e está entre os candidatos a um prémio internacional.
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Foi a partir de "Afinal", poema de Álvaro de Campos, que o atelier OCubo concebeu o espetáculo, que mistura luz e som num local insuspeito. António Tavares, diretor-executivo da Torre dos Clérigos, vai mais longe: "Somos a primeira igreja integralmente aberta a um espetáculo desta natureza". Com voz-off do ator João Reis, "Spiritus" propõe uma viagem sem se sair do sítio.
"Uma viagem por vários momentos emocionais", como refere Edoardo Canessa, diretor-executivo do atelier Ocubo, para explicar que, ao contrário de outros espetáculo que produz, este "é mais abstrato, pessoal, no sentido em que cada pessoa vê, interpreta e sente à sua maneira". Há momentos de harmonia, de paz e de uma "forte desarmonia", acrescenta Edoardo Canessa.