Empresário Ilídio Pinho recebeu honoris causa e criticou o fim do programa Ciência na Escola.
Corpo do artigo
"Sê ativo para iniciar a vida. Se esperas passivamente por um emprego, estás ultrapassado". A lição é deixada pelo mais recente doutor honoris causa da Universidade do Porto: Ilídio Pinho. O empresário e filantropo destacou a "honra maior" de fazer parte da "galeria de doutores", mas deixou críticas à suspensão do programa Ciência na Escola "por falta de interesse" do Ministério da Ciência e do Ensino Superior.
O programa, que "permitiu que 90 jovens se licenciassem e se destacassem" através do apoio de bolsas empréstimo concedidas pela Fundação Ilídio Pinho, está suspenso desde 2019.
"Por falta de interesse do Ministério do Ensino Superior, o programa foi suspenso. No meu entendimento, sem bolsas empréstimo, os jovens ficam dependentes, pedintes e subservientes, o que os impede de serem autossuficientes nas suas iniciativas", lamentou, ontem, Ilídio Pinho, fundador do grupo COLEP e presidente do conselho de administração das empresas do Grupo Ilídio Pinho, no dia em que se tornou doutor honoris causa.
Já na semana passada, o reitor da Universidade do Porto, António Sousa Pereira, tinha apelado ao regresso do prémio, considerando "incompreensível" a forma como o Governo PS deixou cair o galardão.