O pedido de revogação do contrato de concessão e exploração do Mosteiro de Santo André de Rendufe, em Amares, é “obviamente uma má notícia”, que “preocupa” todo o executivo municipal liderado por Manuel Moreira. O autarca amarense espera que seja encontrada rapidamente uma solução que permita ultrapassar o “impasse”.
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“O Mosteiro de Rendufe é um dos principais marcos do nosso concelho, é um monumento com muita história e que precisa de um rumo”, disse ao JN o presidente da Câmara Municipal de Amares. Manuel Moreira garantiu que o município, embora não possua responsabilidades sobre a gestão do imóvel, “tem todo o interesse” em vê-lo “reabilitado, com outra vida e como um fator de atração” turística, “que era o que estava previsto” no Revive.
“Já solicitei o agendamento de uma reunião com o instituto do Património Cultural, a quem o mosteiro está afeto, para perceber aquilo que vai ser feito, nomeadamente se será lançado outro concurso para tentar uma nova concessão”, frisou o autarca.
Projeto para hotel
Conforme o JN avançou na semana passada, a empresa vencedora da concessão e exploração do Mosteiro de Rendufe solicitou, recentemente, a revogação do contrato celebrado ao abrigo do programa Revive. Assinado em agosto de 2021, depois de um concurso aberto no ano anterior, a concessão vigorava por 50 anos e previa a reabilitação do conjunto edificado – à exceção da Igreja – e a sua transformação num hotel com cerca de 50 quartos.
Nessa ocasião, numa resposta escrita enviada ao JN, fonte oficial do Património Cultural adiantou que “compete ao Turismo de Portugal decidir, em articulação com este instituto”, o que fazer a seguir. O Mosteiro de Rendufe está sob alçada do Património Cultural desde o passado dia 1 de janeiro, no seguimento da reforma feita pelo Governo, que levou à extinção da Direção Regional de Cultura do Norte.