Cerca de 50 bombeiros combatem um incêndio que deflagrou, este domingo de madrugada, numa fábrica de armazenamento de fruta, numa zona industrial no Marco de Canaveses. As chamas terão deflagrado num conjunto de palotes no exterior do edifício. O fogo foi dominado durante a manhã.
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Um incêndio deflagrou, na madrugada deste domingo, na Prosa, empresa de produtos e serviços agrícolas localizada na zona industrial do Marco de Canaveses. Um bombeiro teve de ser assistido por exaustão.
Os danos são avultados e estão a preocupar a população local pelo risco de perda de emprego de quem ali trabalha. “É tudo gente daqui, das redondezas. Esperamos que volte a ser o que era até aqui, porque há mais de dez famílias que dependem do ordenado da empresa”, contou ao JN Maria Pinto, moradora local.
As chamas terão tido início cerca das 3 horas numa parede de palotes de plástico, no exterior do edifício, propagando-se para o interior, e a intensidade das chamas obrigou os bombeiros a recuar. “Como não conseguimos fazer o combate no interior devido à temperatura e dificuldades de acesso, estamos num combate defensivo para provocar o arrefecimento para que seja possível colocar homens no interior”, explicou, por volta do meio-dia, Sérgio Silva, comandante dos Bombeiros Voluntários do Marco de Canaveses.
Quando os operacionais chegaram ao local do incêndio, depararam-se com o fogo no exterior. “Entretanto, as chamas passaram para o interior, para as câmaras de frio, que estão carregadas de palotes de plástico”, referiu. A existência de grandes quantidades de amoníaco, substância que pode transformar-se num agente explosivo, foi uma das maiores preocupações dos bombeiros, mas a sua “proteção foi assegurada”, disse o responsável, escudando-se a alimentar hipóteses sobre a origem do fogo.
Dada a intensidade do fogo, não foi possível salvar nenhuma da fruta armazenada nas zonas afetadas pelo incêndio.
Ao início da tarde, a proteção civil local admitia “um corte de água nas imediações, de forma a canalizar a água para a área do incêndio”.
No combate ao fogo estiveram cerca de 50 operacionais da corporação de bombeiros do Marco de Canaveses e de outras associações humanitárias da região. Devido à existência de “matérias perigosas”, os Bombeiros Sapadores do Porto juntaram-se ao efetivo de combate ao incêndio.
A empresa Prosa nasceu no universo do grupo Sonae e era um dos principais entrepostos de produtos frutícolas na Península Ibérica, com capacidade para armazenamento de cinco mil toneladas de frutas em frio.
Atualmente, a unidade operava com kiwi, pêssego, nectarina, cereja, limão e chuchu. A empresa criada por Belmiro de Azevedo, fundador já falecido do grupo Sonae, presta serviços de apoio técnico aos produtores, conservação de frutas, calibragem e embalamento.