A quase totalidade do primeiro piso do mercado municipal da Póvoa de Varzim ficou destruída, esta manhã, depois de um incêndio que deflagrou pouco passava das 9 horas.
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As causas ainda não estão apuradas, mas tudo aponta para um curto-circuito, avançaram os bombeiros no local.
O mercado estava encerrado, como acontece ao domingo, e o responsável pela Protecção Civil da Póvoa de Varzim sublinha que "felizmente não há feridos a registar", apenas "danos materiais que serão elevados", mas que, para já, "são difíceis de quantificar", disse à agência Lusa.
O mercado municipal está localizado no centro da cidade e tem dois pisos, sendo que no primeiro estão as bancas de carne, peixe e frutas e, no segundo, são vendidos roupas e calçado, assim como legumes, hortaliças e frutas.
Mais de um quarto da área superior daquela estrutura ficou em cinzas, mas Aires Pereira garantiu que o mercado "vai abrir esta segunda-feira" e os comerciantes que ficaram desalojados das suas bancas serão aquartelados "nos espaços vazios do edifício”.
A Câmara Municipal da Póvoa de Varzim estava a fazer uma intervenção naquela infra-estrutura, que já tem mais de 20 anos, sendo que já há projecto para a recuperação do piso superior.
"Agora vamos ter que antecipar os trabalhos", explicou o também vice-presidente da edilidade que, para já, está concentrado em fazer um "levantamento dos estragos".
"Vamos ter que estudar quais os espaços que estão livres para serem ocupados pelos comerciantes que ficaram com os seus bens destruídos e avaliar como é que o edifício e a sua estrutura, assim como a parte eléctrica ficaram afectados".
Mais de uma dezena de comerciantes que ficaram sem os seus bens, aguardavam, à porta do mercado, ordens das autoridades para poderem conferir prejuízos, uma vez que o acesso ao edifício foi vedado.
Vítor Roldão que há mais de 20 anos ocupa o mercado com três bancas (uma de roupa, outra de calçado e uma última de fruta) avançou à Lusa que ficou com "tudo destruído, até porque não foram só os artigos que estavam em exposição, mas, junto às bancas, guardávamos muito material".
Apesar de não conseguir avaliar o montante aproximado dos estragos, Vítor Roldão avançou que perdeu "tudo".
O alerta para os bombeiros foi dado depois das 9 horas, mas depois de uma hora as chamas estavam extintas, sendo que ainda há homens da corporação que estão de prevenção no espaço.
Aires Pereira lamenta que, e mesmo sendo proibido cozinhar ou aquecer comida dentro do edifício do mercado, tenham sido encontradas botijas "escondidas nas bancas".
"As pessoas não respeitam as regras e, numa situação como esta, as consequências poderiam ter sido piores", frisou.
O vereador voltou ainda a alertar para a necessidade de a corporação da Póvoa ter uma escada 'magirus', que serve para aceder a edifícios altos.
“Há mais de dez anos que reclamamos esse equipamento e, até agora, as autoridades nacionais não têm dado ouvidos a esta necessidade”, lamentou.
"Parece que vai ter que acontecer uma grande desgraça para que esta pretensão seja, finalmente, ouvida".
Para combater este incêndio foi solicitada a escada 'magirus' aos bombeiros de Vila do Conde que também estiveram a dar apoio no combate às chamas.
Ao todo, estiveram no local 43 bombeiros, apoiados por dez viaturas.
Entretanto, a Polícia Judiciária deslocou-se à Póvoa de Varzim, estando a averiguar o que terá estado na origem deste incêndio.