A evolução favorável do combate às chamas, através da ação dos meios terrestes, mas sobretudo pela ação dos meios aéreos, levou a que o incêndio que deflagrou às 21.52 horas de domingo, fosse controlado e entrasse em fase de rescaldo e consolidação ao final da tarde desta segunda-feira, dia 16 de setembro.
Corpo do artigo
O incêndio deflagrou em Lameiros do Monte, na saída da localidade de Torre, na Freguesia de Louriçal do Campo, no concelho de Castelo Branco, mas o facto de ter começado à noite e a dificuldade nos acessos, levou a que as chamas progredissem pela serra da Gardunha, em direção à aldeia de Casal da Serra, já na freguesia vizinha de São Vicente da Beira.
José Neves, segundo comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil da Beira Baixa, avançou que os meios no terreno vão ficar-se no rescaldo e consolidação do combate, aproveitando até ai cair da noite as descargas que os três meios aéreos que se mantêm no terreno continuavam a fazer, no sentido de apagar os pontos quentes, mas depois o principal suporte são os operacionais que trabalham em modo apeado, dada a orografia acidentada do terreno, que não permite que as viaturas cheguem a todos os locais onde é necessário debelar as chamas e os pontos quentes.
Nesta fase mantêm-se no terreno 271 operacionais, apoiados por 91 viaturas e os três meios aéreos (enquanto a luz permitir).
A noite foi de sobressalto para os moradores destas aldeias, que há sete anos passaram por um cenário idêntico, com o fogo, que também iniciou à noite, varreu as mesmas zonas, mas com consequências ambientais mais trágicas que as deste incêndio.
Pedro João Serra, presidente da Freguesia de Louriçal do Campo, avança que no seu território, o mais afetado, arderam “uma caravana, alguns palheiros e propriedades agrícolas”. Há ainda prejuízos a registar em termos de azeitona, vinha e forragens para animais.
Perdas partilhadas pela Freguesia de São Vicente da Beira. João Filipe, presidente da autarquia vicentina, que passou a noite em claro, a preparar-se para o pior, refere que “foram os agricultores os mais prejudicados, por terem perdido hortas e área florestal”.