Um violento incêndio destruiu a ELMIG Chairs, empresa de cadeiras sediada em Sobrosa, no concelho de Paredes. O armazém de uma têxtil também foi afetado pelo fogo, que mobilizou várias corporações: Paredes, Baltar, Cete, Rebordosa, Lordelo, Penafiel, Paços de Ferreira, Freamunde e Valongo. As causas do incêndio ainda estão por apurar. E os prejuízos por contabilizar.
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"Estava a trabalhar aqui perto e vimos esta coluna de fumo. Quando chegamos, demos com este aparato", contou, ao JN, Miguel Matos. "Temos ali um amigo que tem uma drogaria e nós estávamos a tentar ajudá-lo a tirar as máquinas, mas entretanto os bombeiros chegaram", acrescentou.
"Como muita gente me conhece e sabem que trabalho cá, ligaram-me a dizer que isto estava a arder. Vim de imediato tentar ajudar a fazer o que fosse preciso", referiu, por sua vez, Maria José Leite, apontando os trabalhadores que ainda tentavam "salvar o pouco" que restava.
deflagrou de manhã
O alerta para o fogo na unidade situada na Avenida de Fontes foi dado pouco depois das 10 horas de ontem. Quando as chamas deflagraram, cerca de 15 trabalhadores estavam no interior do armazém, mas todos conseguiram sair, não havendo registo de feridos.
À chegada dos voluntários de Paredes, a fábrica estava "totalmente tomada pelas chamas". De imediato, os bombeiros tentaram controlar as chamas, de modo a confinar o fogo. Entretanto, elementos de outras corporações de concelhos vizinhos juntaram-se às operações.
"Aquilo que fizemos foi a proteção das exposições e tentamos evitar que o incêndio chegasse à drogaria que está nas proximidades da fábrica", relatou ao JN Bruno Bessa, adjunto do comando dos bombeiros de Paredes.
A ação dos operacionais visou, então, confinar o incêndio ao edifício onde assumiu maiores proporções, da ELMIG Chairs, procurando evitar que se alastrasse a outros edifícios existentes no local e combatendo as chamas do exterior para o interior, devido à fragilidade da estrutura atingida.
Contudo, o armazém de uma outra empresa da área do têxtil também acabou por ser atingido pelas chamas, embora o foco tenha sido rapidamente dominado. "No interior dos armazéns existia material muito inflamável, como madeiras, espumas e tecidos, o que ajudou na rápida propagação do incêndio", explicou Bruno Bessa. O vento que se fazia sentir na altura também dificultou as operações de combate.
Mais de duas horas depois do seu início, o fogo foi dado como controlado. Mas, pelas 16 horas, mais de quatro dezenas de bombeiros permaneciam no local.