O corpo de uma idosa foi hoje, quinta-feira, encontrado sob os escombros do andar do edifício da Rua Nova do Almada, em Lisboa, atingido por um incêndio.
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Disse à Lusa fonte do gabinete do vereador Manuel Brito que a idosa, de 80 anos, habitava sozinha no 5.º andar do número 24 desta rua, e que o corpo carbonizado foi encontrado durante a fase de rescaldo do incêndio, tendo a família sido já avisada.
O comandante do Regimento de Sapadores de Bombeiros de Lisboa, coronel Joaquim Leitão, avançou aos jornalistas no local, logo após o início do rescaldo, que não havia registo de feridos e que os bombeiros tinham realizado várias buscas para se certificarem de que não estava ninguém dentro do edifício afectado, onde são habitados apenas os dois últimos andares.
As chamas obrigaram ainda as outras duas habitantes do edifício, duas irmãs de 80 anos, que residiam no 4.º andar, a ficar temporariamente em casa de familiares, adiantou a mesma fonte da Câmara Municipal de Lisboa (CML).
As duas idosas, irmãs gémeas de 80 anos, residiam sozinhas no 4.º andar do número 24 da Rua Nova do Almada e a decisão foi tomada depois de a Protecção Civil Municipal avaliar as condições de habitabilidade das residências localizadas no edifício afectado e nos dois adjacentes.
Segundo a fonte do gabinete do vereador Manuel Brito, a Protecção Civil concluiu que não é necessário realojar mais nenhum dos 21 moradores afectados, num total de oito famílias.
O incêndio deflagrou pelas 5:00 e entrou em rescaldo cerca de uma hora depois de recebido o alerta pelos Sapadores de Bombeiros.
O vereador Manuel Brito, asseverou, em declarações aos jornalistas no local, que, se necessário, as famílias afectadas "serão apoiadas pela Protecção Civil nas residências de emergência da câmara".
As chamas provocaram apenas danos na cobertura do número 24, numa residência privada situada quinto e último andar do edifício, tendo a sua única habitante, uma mulher de 80 anos e com dificuldades de locomoção, sido retirada pelos bombeiros, precisou o coronel Joaquim Leitão.
Embora não tenham sido afectados pelas chamas, os edifícios adjacentes ao sinistrado, com os números de porta 18 e 36, foram evacuados pelos bombeiros como medida de precaução.
A origem do incêndio é desconhecida, sendo agora necessário "investigar" as suas causas, explicou o comandante do Regimento de Sapadores de Bombeiros.
O alerta foi recebido pelo Regimento pelas 05:10, tendo os bombeiros chegado ao local "cerca de quatro minutos depois". As chamas foram combatidas por 50 elementos, apoiados por 14 carros, dois dos quais com autoescadas, afirmou o comandante.
Posteriormente, fonte da Câmara Municipal de Lisboa actualizou à Lusa esta informação, precisando que estiveram envolvidos no combate às chamas 17 carros.
A Baixa de Lisboa é caracterizada pelo vereador Manuel Brito como uma "zona particularmente sensível", pelo que seria "particularmente perigoso" se o incêndio alastrasse.