
Frentes mais preocupantes seguem para as localidades de Soalheira, Castelo Novo e Boxinos
Foto: Paulo Novais / EPA
O incêndio que lavra no Fundão, distrito de Castelo Branco, continua com várias frentes ativas e as mais preocupantes seguem para as localidades de Soalheira, Castelo Novo e Boxinos.
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Numa nota publicada na sua página da rede social Facebook, às 18.10 horas, a Câmara Municipal do Fundão informou que há várias frentes ativas no concelho.
"As frentes mais preocupantes encaminham-se para as localidades da Soalheira e Castelo Novo (Antenas e Castelo Velho) e, noutra vertente, para Boxinos".
O município apelou a todas as pessoas destes locais que se mantenham em zonas seguras, adotem comportamentos de autoproteção e que sigam as indicações das autoridades no terreno.
No concelho do Fundão estão ainda cortadas ao trânsito a EN352, EN238 e EM517.
Este incêndio que deflagrou na quarta-feira, em Arganil, já se estendeu também aos concelhos de Pampilhosa da Serra e Oliveira do Hospital (distrito de Coimbra), Seia (Guarda) e Covilhã e Castelo Branco (Castelo Branco).
Câmara de Castelo Branco lança alerta para seis aldeias
A Câmara de Castelo Branco lançou um alerta para seis aldeias face à evolução do fogo que entrou no município na noite de segunda-feira, na freguesia de São Vicente da Beira.
"O alerta emitido ontem [segunda-feira] para as localidades de Ingarnal, Almaceda, Paradanta, Vale de Figueira, Partida, Ribeira de Eiras, Rochas de Cima, Pereiros e São Vicente da Beira foi alargado hoje às aldeias de Mourelo e Violeiro, Louriçal do Campo, Casal da Serra, Sobral do Campo e Ninho do Açor", informou a autarquia, numa nota publicada na sua página da rede social Facebook.
Segundo o município, estão interditas à circulação a EN352, nos dois sentidos, entre o cruzamento de Vale Palaio e São Vicente da Beira, e também a EN238, nos dois sentidos, entre Lavacolhos e Castelejo.
"Nas freguesias de São Vicente da Beira e de Almaceda, onde deflagra o incêndio, são várias as estradas, caminhos e ruas que se encontram fechadas".
O município alertou também para que se evite deslocações para zonas afetadas, a menos que se esteja envolvido no combate, e recomenda seguir sempre as instruções das autoridades no terreno.
Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro, num contexto de temperaturas elevadas que motivou a declaração da situação de alerta desde 2 de agosto.
Os fogos provocaram dois mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, na maioria sem gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.
Portugal ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, ao abrigo do qual chegaram dois aviões Fire Boss para reforço do combate aos fogos.
Segundo dados oficiais provisórios, até 19 de agosto arderam mais de 201 mil hectares no país, mais do que a área ardida em todo o ano de 2024.
