Entrou em fase de resolução, ao final da tarde desta segunda-feira, o incêndio rural que deflagrou em Soutelo-Carragosa, no Parque Natural de Montesinho, em Bragança, no passado sábado. No terreno mantém-se 146 operacionais apoiados por 57 viaturas.
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Nos últimos três dias arderam cerca de 500 hectares de área no Parque Natural de Montesinho devido ao incêndio rural que deflagrou no sábado em Soutelo-Carragosa, segundo estimativas feitas por alto pelo presidente da câmara de Bragança, Paulo Xavier.
O fogo, que teve início após uma trovoada, acabou por se estender às aldeias de França e Rabal, onde, nesta última localidade, as chamas estiveram muito perto de casas, mas não foi necessário evacuar a população. “Perto das 5 horas da madrugada o fogo esteve a 400 metros das casas na aldeia de Rabal, mas criou-se um perímetro de segurança com a intervenção das máquinas de rasto e a população não esteve em risco. Também esteve perto da Estação de Tratamento de Água (ETA) no Montesinho, o que era muito preocupante”, explicou o autarca, dando conta que bombeiros de todo o país estão no local.
Ao final da tarde desta segunda-feira, o incêndio continuava com uma frente ativa numa zona de acesso muito difícil. “O fogo está numa zona de escarpas que apenas permite o combate a pé ou por via área. As dificuldades de acesso dificultam muito o combate”, explicou Carlos Martins, comandante dos Bombeiros Voluntários de Bragança.
Pelas 18.30 horas mantinha-se uma operação musculada de combate com quatro meios aéreos no local, mais 275 operacionais apoiados por 95 viaturas. “Apesar de tudo está a correr favoravelmente. Não há populações em perigo, nem feridos”, referiu Carlos Martins.
O Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas está solidário com a população e indicou numa nota escrita que tem correspondido a todas as solicitações da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), disponibilizando a Força de Sapadores Bombeiros Florestais, a Unidade Nacional de Máquinas e a unidade de Gestão de Fogos Rurais.
Aquele organismo adiantou ao JN que, depois de o incêndio ser dado como extinto, será elaborado o relatório de estabilização de emergência com a identificação das medidas urgentes a tomar, assim como um plano para a sua implementação.