Incêndio no Vimioso deixou avultados prejuízos e mais de dois mil hectares de área ardida
Campos agrícolas, floresta, mato, apiários e estábulos foram destruídos pelo incêndio que deflagrou no sábado em Angueira, no Vimioso, e que depressa se estendeu a outras localidades, nomeadamente à aldeia de S. Martinho de Angueira, em Miranda do Douro. Foi o maior incêndio registado em Portugal este ano, até agora.
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O presidente da Câmara de Vimioso, António Santos, explicou que “as primeiras estimativas apontam para 2100 hectares de área ardida e muitos prejuízos na floresta de pinheiro, mas também três apiários, com dezenas de colmeias, em barracões de apoio à agricultura e um armazém de urnas, bem como na biodiversidade com muitos animais selvagens mortos”.
O município de Vimioso vai acionar um pedido de ajuda aos prejuízos para que os lesados possam reinvestir na sua atividade. “O Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas vai fazer o levantamento dos danos”, indicou o autarca.
O fogo teve início na sequência de uma trovoada pouco depois das 18 horas de sábado e lavrou com grande intensidade durante a noite. O combate musculado dos bombeiros portugueses e espanhóis, com muitos meios terrestres e aéreos no terreno, permitiu que no domingo o fogo fosse dado como dominado, mas as chamas reacenderam horas depois, ressurgindo com grande intensidade. “As dificuldades de acesso no terreno, vegetação muito seca, o vento, cujas rajadas mudavam rapidamente de direção, a que se juntou o calor intenso contribuíram para que o fogo fosse ganhando terreno”, afirmou António Santos.