O incêndio que na madrugada de hoje destruiu três empresas, em Paredes, foi o maior dos últimos anos no setor do mobiliário, no Vale do Sousa, disse o comandante dos bombeiros de Baltar, Delfim Cruz.
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"Há vários anos que não havia um incêndio tão violento nesta região", afirmou o comandante dos bombeiros de Baltar, Delfim Cruz, referindo-se aos meios mobilizados para extinguir as chamas.
Cerca de uma centena de bombeiros, de nove corporações, auxiliados por 27 viaturas, combateram as chamas durante cerca de três horas.
As chamas foram dominadas às 2.50, mas o rescaldo prosseguiu até às 6 horas.
Segundo o comandante da corporação que coordenou as operações de combate, as instalações de três empresas, que funcionavam no mesmo pavilhão industrial, em Vandoma, Paredes, ficaram completamente destruídas.
"A cobertura abateu e algumas paredes ruíram. Tudo o resto ficou destruído", contou, explicando que as fábricas se dedicavam ao fabrico de sofás e colchões.
" Agência Lusa garantiu que quando os bombeiros chegaram ao local, pouco depois da meia-noite, já o pavilhão se encontrava tomado pelas chamas.
"A nossa principal preocupação foi evitar que o fogo alastrasse a uma fábrica vizinha e uma oficina de automóveis próxima", sublinhou.
Questionado sobre a origem da ignição, Delfim Cruz disse desconhecer a causa, preferindo reafirmar a dificuldade do combate, o que atribuiu ao facto de as instalações terem, no seu interior, materiais muito inflamáveis, como colas, tintas e diluentes.
"Ouviam-se muitas explosões, provavelmente de latas com aqueles produtos", contou.
O comandante dos bombeiros de Baltar disse desconhecer se as instalações, com cerca de 5000 metros quadrados, estavam cobertas pelo seguro. Referiu apenas que uma parte da fábrica era muito recente.
A Lusa não conseguiu o contacto com os proprietários das empresas, desconhecendo-se o que vai acontecer aos cerca de 50 trabalhadores que lá laboravam.